Desejo Obscuro

CHAPTER NINETEEN - Medo

— CASSIDY ROVER, Aubrey Apartaments; 2:05

Eu acordei por volta das 2:05 da manhã, meu telefone tava tocando a horas, vibrava tanto a ponto de se mover pra beira do criado mudo branco ao lado da minha cama, eu me sentei na cama esfreguei os olhos e esperei processar tudo por uns 5 segundos até piscar algumas vezes e pegar o telefone, era o número desconhecido de novo.

LIGAÇÃO - NÚMERO DESCONHECIDO:

- Alô?

- Branca de neve...

- O que você quer?!

- Sua obediência meu amor

- O quê?

- Fiquei sabendo que você transou com alguém recentemente

-Para de me stalkear!

- Olha garota, você tá me irritando

- Foda- se!

- Não xingue meu bem

Ele riu sádicamente...

- Olha, se comentar algo com a polícia sobre mim, você tá fudida, eles vão fazer um interrogatório com você essa tarde, então bico fechado

- Mas que, como você sabe disso?!

- Eu sei de tudo meu amor...

[...]

A ligação caiu...
Quem é esse cara?!

Eu suspirei, estava tremendo novamente, eu pensei em tomar os calmantes mas se eu tomasse agora provavelmente não conseguiria acordar pra faculdade.
Eu fiquei olhando pra tela do meu telefone por um tempo...

Pedir ajuda?

Não... Isso é fora de questão

Se o que aquele cara falou é verdade eu posso tá correndo risco de vida caso o denuncie...Mas ele não falou nada sobre falar com amigos sobre, né? Pelo menos aos domingos eu não trabalho, o que alivia meu descanso.

Eu me levantei e fui até a cozinha tomar um chá, eu preparei a água quente e coloquei o sachê, e fiquei folheando um livro de romance que tava no balcão, eu comprei esse livro a alguns meses, nunca terminei...Sem tempo é claro

Ele é um gênero curioso digamos assim, é chamado de dark romance, nele a protagonista é uma aluna universitaria e o professor 4 anos mais velho é louco por ela a ponto de matar o ex namorado babaca dela, e proibir todos os garotos da faculdade de chegarem perto dela, é um pouco estranho mas é até que legal.

Depois de umas duas páginas o chá estava pronto, eu peguei minha xícara e tomei ali apoiada no balcão mesmo.

Meu telefone tocou de novo, meu coração disparou e eu levei um susto mas ao ver o nome na tela eu me aliviei.

CHAT - HERMAN KÜSTER:

- Oi? Tá acordada?