05 | A Fuga

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Na manhã seguinte, finalmente deixaria aquela odiosa mansão para trás

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Na manhã seguinte, finalmente deixaria aquela odiosa mansão para trás.

Não havia uma grande quantidade de carruagens, guardas montados em cavalos o acompanhariam por toda a viagem e para facilitar sua fuga, selecionou apenas oito criadas para o seguir.

Já estava dentro da carruagem, com um livro no colo e duas criadas junto quanto a porta foi aberta de maneira abrupta e, sem aviso algum, foi agarrado pelo braço e puxado pra fora.

— Foi você, não foi?! — era Damian, que o segurou pelos braços e o sacudiu com força.

Confuso e atordoado, ele tentou se soltar em vão, alguns guardas se aproximaram para detê-lo quando Damian mandou que recuassem.

— Do que você...?

— Foi você que a envenenou, não foi, Lissandre?! — Lissandre ainda confuso, estremeceu ao se deparar com os olhos vermelhos do irmão, que o encarava furioso e fora de si.

— Me solta! Você está me machucando! — se debateu, mas o agarre de Damian se tornou mais firme.

— Confesse de uma vez, eu sei que foi você! E ainda sai daqui como um pobre coitado depois daquele show ridículo, ficando doente e saltando pela janela... — cuspia com desdém, largando o caçula apenas para acertá-lo com um tapa.

Lissandre tropeçou e cambaleou pra trás, sendo amparado pelas criadas.

— Jovem mestre, independentemente de sua fúria, tratar um ômega dessa maneira é inadmissível! — uma delas se colocou entre ambos enquanto Lissandre, em choque, tocava a face onde foi estapeado.

— Ha! Uma escória como essa que envenena os outros e age como um lixo por aí merece muito mais do que apenas um...

— Damian. — a voz do arquiduque soou e Lissandre ergueu o olhar, vendo o pai se aproximando junto de um de seus assistentes.

— Pai, o senhor sabe o que... — o rapaz começou, mas o arquiduque o ignorou, seguindo até Lissandre, mas parou quando o caçula recuou, se escondendo atrás de uma das criadas, que ergueu o queixo e o encarou com ímpeto, pronta pra brigar com o arquiduque se fosse necessário.

Contendo um suspiro, o arquiduque recuou um passo, olhando de relance para o primogênito.

— Explique-se.

— O senhor sabe. Todos já sabem... — ele riu sem humor, sacudindo levemente a cabeça. — Mirabel foi envenenada pela manhã. Quem mais faria algo tão...

— Independente dos erros dele, não é você quem tem de educa-lo. — o rosto de Damian se tornou ainda mais frio, a fúria mal se continha em seu olhar. — Não tem permissão para castigar ou dar ordens ao meu filho.

— Ele ainda... — Damian começou, mas o arquiduque fez sinal para que se detivesse, seu olhar ainda mais frio para o rapaz.

— Entre e esfrie a cabeça. Não cause uma cena diante dos empregados. Decidirei sua punição depois. — e voltou o olhar para Lissandre, um claro sinal de que não tinha mais o que dizer ao primogênito.

Como Domesticar um VilãoOnde histórias criam vida. Descubra agora