12 | Sob Ataque

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Tarde da noite, uma chuva densa e pesada caía de forma incessante enquanto os sentinelas observavam com tédio e algum aborrecimento os arredores do vilarejo

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Tarde da noite, uma chuva densa e pesada caía de forma incessante enquanto os sentinelas observavam com tédio e algum aborrecimento os arredores do vilarejo.

As construções nos arredores do vilarejo Suname não eram as melhores, precárias torres de madeira onde os caçadores da vila faziam turnos para vigiar a aproximação de bestas ou bandidos, não oferecia proteção alguma contra o frio ou a chuva, o que tornava o trabalho deles ainda mais cansativo.

Linara, uma das caçadoras da vila e escalada pra vigia noturna daquela semana, tinha um olhar atento para floresta, ignorando a conversa de Gordon e Max que a acompanhavam na vigília.

A chuva havia formado poças lamacentas no chão de terra batido, não havia qualquer morador disposto a sair nessa chuva para o que quer que fosse e a noite parecia que seria tranquila com a chuva sem ventanias, as bestas não saiam de seus esconderijos em noites assim.

Mesmo que seus colegas estivessem tranquilos, Linara não conseguia deixar de sentir certa antecipação, as bestas de maana não sairiam da floresta para atacar, mas elas não eram o único perigo que se escondia ali.

Um sutil movimento de sombras entre as árvores chamou sua atenção, seus olhos se estreitaram um pouco ao erguer uma pedra de luz que iluminava a área ao redor, mas não conseguiu ver nada anormal.

— Lina, o que você acha? — a voz de Max a trouxe de volta e ao encarar o companheiro, ela franziu as sobrancelhas, sem ideia do que ele dizia. — Anda, Gordon acha que um zhyntara é mais difícil de caçar do que um bando de velkors.

— Não seja idiota, o zhyntara é mais forte, resistente, expele veneno com aquele monte de presas ferozes, tem mais de dois metros de altura e ainda tem os chifres gigantes...

— Não interessa se é forte, esses malditos coelhos são pequenos, mas são carnívoros e andam em bandos de milhares! Se você ver um por aí, pode desistir pois já caiu na armadilha deles, e tem milhares te cercando! — Max retorquiu e os dois voltaram a discutir.

Linara soltou um suspiro, sacudindo levemente a cabeça e voltando a atenção para a floresta, decidindo não se envolver nessas discussões idiotas.

— Lina! — a voz suave de uma garota atraiu a atenção do trio e Linara se aproximou do parapeito da torre, olhando para baixo. Alguns metros abaixo, uma garota com cabelos curtos e usando uma grossa capa de chuva erguia uma pedra luminosa em um candelabro.

— Nalim! Por quê está fora tão tarde? — Linara questionou enquanto Max jogava as escadas de corda para que Linara descesse, mas foi um passo tarde já que a caçadora saltou do parapeito, caindo habilmente no chão, flexionando os joelhos para amortecer a queda.

Nalim, irmã mais nova de Linara, ainda era aprendiz de caçadora e encarava a irmã com admiração. As duas tinham apenas nove anos de diferença, mas eram muito similares, com cabelos castanhos avermelhados e olhos cinzas inteligentes. Como a irmã estava sempre fora em patrulhas ou caçando para trazer algum sustento pra família, Nalim havia tomado conta da maioria das tarefas domésticas enquanto a mãe fazia alguns bordados para fora da vila ou para alguns locais pra complementar a renda.

Como Domesticar um VilãoOnde histórias criam vida. Descubra agora