o desentendimento te aproxima do vazio,

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Meias verdades soltas na madrugada.

Quando acordou naquele manhã, a primeira coisa que Jotaro Kujo notou fora a música fraca que adentrava seu quarto, claramente vinda de outro cômodo da casa

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Quando acordou naquele manhã, a primeira coisa que Jotaro Kujo notou fora a música fraca que adentrava seu quarto, claramente vinda de outro cômodo da casa.

Sentou-se sobre seu futon, esticando o braço para tatear o outro ao seu lado. O travesseiro rosa de Shiro e seu cobertor macio ainda estavam presentes, mas a ausência da dita cuja era notável. JoJo sabia que a amiga havia passado o dia anterior em um velório e a única coisa que se lembrava era de ouvir a porta de seu quarto se abrir durante a noite.

Era domingo, se recordara, e o relógio em sua escrivaninha indicava 09:35 da manhã. O jovem seguiu a música que ressoava pela casa, caminhando através do longo corredor. Não foi difícil perseguir as notas até a cozinha, onde encontrou a russa de costas para ele, mexendo o braço direito como se fatiasse algo que ele não conseguia ver. A cena seria normal, entretanto, se a figura de Icepeak não observasse a usuária com olhos atentos e curiosos, absorvendo informação como uma criança em crescimento.

A música vinha de uma caixa de som com toca fitas, Jotaro identificou, e sabia qual música estava ouvindo no momento: Rhiannon, da banda esquisita que Shiro adorava, Fleetwood Mac. A voz da amiga acompanhava a letra com perfeição, cantarolava o som da guitarra, e fazia observações sobre a musicalidade para a própria stand. Parecia de bom humor.

Aproximou-se em passos preguiçosos, bocejando. A menina parecia concentrada o suficiente em sua atual tarefa para sequer notar a presença de seu melhor amigo. Jotaro pousou a mão grande em seu ombro e assistiu-a dar um pulo, levando um susto. Não teve tempo de pensar sobre isso, entretanto; Icepeak foi rápida em agir dentre a agitação de sua usuária, agarrando a faca das mãos da mesma e arremessando o objeto.

JoJo arregalou os olhos, esperando ser atingido no meio da testa, e agradeceu silenciosamente a qualquer Deus por aí pela existência de seu próprio stand; o homem de pele roxa e cabelos negros esvoaçantes segurava a faca pelo cabo, encarando Icepeak com um olhar curioso, mas não ameaçador de qualquer maneira.

— JoJo, eu já te falei pra não se aproximar de mim na surdina. — Shiro fumegou, claramente irritada. Apontou a faca na posse do stand roxo, franzina, atraindo o olhar curioso do ser. — Principalmente quando eu estiver segurando uma faca. Eu poderia ter te matado!

— Isso foi antes dele aparecer. — Kujo retrucou, sinalizando o stand com um balançar de sua cabeça. Pegou a faca da mão do ser espiritual, analisando o objeto afiado. — Ele segurou uma bala com os dedos uma vez. Não acho que uma faca seria um problema.

— Antes você chamava ele de espírito maligno, e agora fala dele como se ele fosse uma bênção. — Makarov rudemente agarrou a faca da mão do mais velho, rolando os olhos. — Francamente. Você gosta ou não da existência do seu stand? Se decida logo!

— Algum bicho te mordeu durante a noite? — Jotaro rebate, provocando um bufar na garota.

— Se não calar a boca, o único que vai ser mordido aqui, vai ser você.

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⏰ Última atualização: Dec 31, 2024 ⏰

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epifania ↳ jojo no kimyou na boukenOnde histórias criam vida. Descubra agora