Capítulo 11

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Olha quem voltou! 

Trouxe mais um capítulo fresquinho para vocês. Espero que gostem.

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Naravit Lertratkosum

Suspirei virando de lado e me aconchegando melhor na cama. Tem tantos anos que não sei o que é ter uma noite tranquila e boa de sono que estou me sentindo verdadeiramente recuperado e descansado.

Abri os olhos lentamente me acostumando com a luz do sol entrando no quarto e minha primeira visão foi Phuwin. Ele estava descoberto, virado para mim, com as mão entre as pernas encolhidas, possivelmente com frio. Seu rosto estava sereno, parecia estar em um sono tranquilo. Os olhos pequenos, o nariz proporcional ao rosto, as bochechas redondas e um tanto apertáveis e a boca desenhada.

Desviei o olhar do seu rosto e encarei meu pé em cima das almofadas.

Pode parar, Pond.

Mas eu sabia que ficar me repreendendo só piorava a situação e meu cérebro parecia que fazia exatamente o que pedia para ele não fazer.

O olhei novamente e pensei o motivo dele estar aqui. Ninguém nunca quis me ajudar, mas ele desde o primeiro dia quis de alguma forma impor sua presença, não necessariamente de forma ruim, mas ele sempre estava lá.

Vi quando ele suspirou e começou a se espreguiçar mudando de posição e ficando de barriga para cima. Phuwin abriu os olhos lentamente se acostumando com a claridade e girou o rosto em minha direção com um olhar surpreso ao me ver acordado o encarando.

- Achei que ainda estivesse dormindo. Bom dia.

Ok, eu não estava preparado para isso. Sua voz estava grossa e rouca por conta do sono e ele ainda sorriu. E meu coração começou a fazer movimentos estranhos.

- An... acordei... acordei agora também. - Por que eu estava gaguejando?

- Como está seu pé, está sentindo dor? - Perguntou ainda deitado me olhando.

- Estou bem, nenhuma dor.

- Ótimo. Vou levantar para preparar nosso café.

- Phuwin. - Chamei segurando seu braço o impedindo de se levantar.

- Hum. - Respondeu virando-se novamente.

- Se eu te fizer uma pergunta, você promete não ficar... an... bravo? - Estava na dúvida se bravo seria o termo ideal.

- Já até imagino o que seja, pode perguntar.

- Eu sou uma pessoa solitária, eu só tenho o Joong, você sabe disso. - Dei uma pausa. - Por que se aproximou de mim?

Phuwin sorriu e desviou o olhar observando o quarto.

- Eu vou fazer nosso café e depois a gente vai conversar, tenho algumas coisas para falar.

Ele se levantou da cama e saiu do cômodo me deixando sozinho com meus pensamentos que falavam mais do que eu com minha boca. O que ele quer falar comigo? Por que ele sorriu? Não gosto de me sentir assim. Com ele tenho sempre a sensação que estou pelado e indefeso e ele consegue ver todas as minhas fragilidades e medos. Eu até tento esconder, mas parece que eu sou o Superman e ele tem a criptonita que me deixa fraco.

Me arrastei pela cama para ficar sentado e puxei as almofadas para apoiar o pé. Estou nessa rotina a menos de vinte e quatro horas e já não aguento mais. Preciso estudar, preciso resolver as coisas na empresa, não posso ficar parado aqui.

Black & White [PondPhuwin]Onde histórias criam vida. Descubra agora