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Ao passar dos dias, eles continuaram a dormir na mesma cama, mesmo sem visitas ocupando o quarto de Kaveh. Haitham, na primeira vez que aquilo havia ocorrido, já sabia que não seria tão fácil sair dali sem a sensação de querer mais. A mesma coisa para Kaveh, porém, o loiro não imaginava que iria o afetar tanto. Sempre ao acordar, seu membro já estava pronto para iniciar o dia; o arquiteto sentia como se tivesse voltado à puberdade. O escriba, que estava a dormir ao lado de Kaveh, já tinha percebido aquilo, então dava uma ajuda ao rapaz uma vez ou outra.
— Jájá dá meio dia, e eu ainda não saí daqui. Kaveh suspirou, apoiando sua mão na testa enquanto Haitham estava praticamente em cima do rapaz. O loiro tinha acordado há duas horas e continuava na mesma posição. Ele poderia empurrar Haitham, gritando para sair de cima, mas o rapaz parecia tão cansado que Kaveh acabou optando por não realizar seu plano.
— Haitham. Ele sussurrou, esperando que ele acordasse.
— Ô Haitham. Kaveh repetiu, um pouco mais alto. Mesmo assim, o escriba continuava sem dar sinal de vida. O arquiteto fechou seus olhos, deixando aquilo para lá, pois não se incomodaria de ficar ali por mais alguns minutos. Então, Haitham abriu seus olhos, encarando o perfil de Kaveh. Ligeiramente, o cinzento levantou sua perna, a apoiando na parte superior da barriga do loiro, também se aproximando mais ainda dele.
— AHA! Haitham levou um susto pelo grito repentino de Kaveh.
— Sabia que você estava acordado, só me enrolando. Ele jogou a perna de Haitham para o outro lado, levantando da cama. O escriba franziu a testa, e quando Kaveh ia andar para fora do quarto, o puxou pela borda de sua cueca.
— Volta aqui! Ele o trouxe de volta para cama. Haitham segurou firme a cintura do rapaz, o impedindo de sair dali.
— Eu quero ir comer, porra! Kaveh tentou se soltar segurando os antebraços do escriba.
— ..comer porra?
— .. Kaveh parou no mesmo segundo, o encarando.
— Voltou a ser do quinto ano, Haitham? Não foi dessa maneira que eu quis dizer, pelo menos não agora. Ele franziu a testa, e deu um selar nos lábios do homem.
— Assim que irei ganhar carinhos? Haitham curvou sua boca.
— Ganha mais um se me deixar ir. O loiro retrucou, e Haitham rolou os olhos.
— Tudo bem. Ele solta Kaveh, que se levanta com um sorriso e caminha apressadamente até a cozinha.
— Ei, mas e o meu beijo?! O cinzento bufou, deitando suas costas na cama novamente. Ao fechar seus olhos, ele começa a pensar sobre o confuso relacionamento que estava vivendo com Kaveh. Não houve declaração, nem pedido de namoro ou algo assim, então eles continuavam sendo apenas amigos? Haitham optou por responder a si mesmo que estava sendo como uma amizade colorida, e apenas isso. Mesmo tendo sentimentos pelo loiro que não pareciam passageiros, seria melhor manter seus laços com Kaveh do jeito que estão, a não ser que o arquiteto abrisse a boca para falar sobre.
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Metade do dia já havia se passado, Haitham se encontrava em sua sala, sentado no sofá com um livro em suas mãos. Kaveh não estava em casa, e o cinzento estava esperando pelo mesmo para decidirem fazer algo juntos.
Então, de repente, a porta de entrada foi chutada com tudo. Kaveh estava segurando uma sacola enorme e.. em sua outra mão, uma caixa de transporte?— O que é isso? Haitham fechou seu livro, olhando para o arquiteto.
— Nosso novo filho! O rapaz disse, orgulhoso de si mesmo. Soltando a sacola no chão e indo até o sofá com a caixa, ele aponta ao animal dentro dela.
— Uma.. você está brincando, né? Ele deu um sorriso reto.
— Não. Óbvio que não. Ele abriu a portinha, deixando o animal sair.
— Kaveh, nós não podemos ter uma raposa do deserto dentro de casa. Ele colocou a mão na testa.
— Claro que podemos. E olha, ela é linda! Kaveh pegou a raposinha nos braços, a abraçando como se realmente fosse sua filha.
— Tudo bem, faça o que quiser. O escriba suspirou. Encarando a raposinha, sua face se suaviza. Kaveh se senta ao lado de Haitham, fazendo um carinho na raposa.
— Kaveh. Haitham retrucou.
— Sim? Ele vira seu rosto.
— Você por acaso sabe se ter uma raposa do deserto em casa é legal? Ele cruzou os braços.
— Ah.. não sei.. mas quem liga? Ninguém vai vir aqui bater na nossa porta pra conferir se nós temos uma raposa.
— Caso eu ganhe uma multa por isso, você que vai pagar. Haitham aproximou sua mão da raposa, deixando que o animal a cheirasse. Quando feito, encostou a ponta de seus dedos em seu pêlo, acariciando o novo membro da família.
— Uma pergunta, onde você arranjou esse bicho? O escriba olhou para Kaveh, que com um sorriso, respondeu;
— Nem eu sei. Ela só apareceu aqui perto e eu peguei. Kaveh levantou a raposinha e a colocou no colo de Haitham.
— Se ela se multiplicar, eu vou botar a culpa em você. O cinzento diz, acariciando o bichinho. E ao pensar um pouco, ele abre a boca.
— E o nome?
— Eu estava esperando para decidirmos juntos. Que tipo de nome você acha que combina com ela?
— Juntos? Você tá tentando jogar a responsabilidade de cuidar dela pra mim? Haitham arqueou a sobrancelha. — Mas enfim.. qualquer nome basta. Só não proponha um nome idiota ou ruim.
Kaveh olhou para a raposinha, imaginando um nome que seria perfeito para ela.
— Não sei, bora colocar de Mora, pra ver se eu atraio.
— Tudo bem, Mora então.. que criatividade. Haitham se levanta, deixando Mora com o loiro de novo. Ele pega o livro que estava lendo mais cedo, e o leva para sua prateleira. Kaveh abre a sacola, tirando dali um pote de ração e o enchendo. O escriba, observando a cena de alguns metros, cruza seus braços. "Novo filho.. por que ele disse filho?" O mesmo fez uma cara confusa.
— Ei, vem aqui me ajudar a organizar os itens! Kaveh retrucou, franzindo a testa. O cinzento volta ao seu lugar, e o ajuda a retirar os preparativos ao novo animal de estimação.
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// oie bonitoes, nao sei mais oq escrever na fanfic, ta indo qualquer bosta
amo voces, ate o proximo cap <3
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Negando a paixão - Haikaveh
FanficBrigas, brigas e brigas. Kaveh não aguenta mais suas discussões com Haitham, mas o que ele fará para impedi-las? Sair daquela casa seria uma boa opção; se ele conseguisse ficar longe do escriba. (primeira fic escrita)