- behave 2

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Diane vecchi

Mesmo depois de tudo, me arrumei. Decidi que vou aproveitar ao máximo com minhas amigas hoje. Quero me despedir de qualquer forma.

Coloquei um vestido vermelho escuro, Não deveria nem usar vermelho. Os traumas que vou ter vão ser enormes por causa dessa garota. Pelo visto, terei 9 dias com a certeza de que ela não irá me tocar. Agradeço por ter 17 agora, por mais que na minha identidade falsa esteja lá "dezenove anos".

Peguei minha bolsa e olhei para a varanda, indo até lá. Ela fica em cima de uma casa de máquinas. Eu sempre saio pelo telhado dela e deixo uma escada para facilitar.

Tirei meus saltos, segurando-os, e saí, subindo no teto da casinha e finalmente descendo aquelas escadas.

Chegando à festa, Liz e Megan já estavam esperando. Queria muito poder chorar porque talvez fosse a última vez que as veria de novo. Me aproximei das duas e primeiro puxei Liz para um abraço forte.

- O que você tem, garota? - Liz diz estranhando. Nunca fui lá de abraçar muito.

- Nada, eu só tô querendo abraçar vocês - segurei o choro e suspirei enquanto a fila andava.

A primeira coisa que faço quando entramos é pedir uma bebida extremamente forte. Preciso muito disso! Encher a cara e mexer a bunda.

Acho que não são nem uma hora. Já bebi tanto que tá tudo girando. Liz disse que ia pegar uma garota no banheiro e Megan tá cavalgando no colo de um menino faz 30 minutos e não vão parar nem tão cedo.

Vou para o meio da pista dançando. Não demora muito para uma garota chegar em mim. Ela era loira também, com olhos bem verdes, um puta sorriso e seus seios bem fartos.

Mãos vão para minha cintura e quando rola aquela química e seus lábios finalmente iam para os meus, algo me puxa, um puxão forte. Era uma garota de cabelos castanhos e olhos de cor avelã. Se essa beldade gostosa estivesse com ciúmes, era só me chamar antes que eu largasse a loira e enfiava a boca nesses peitos.

- O que a gente falou sobre não ter contato com ninguém? - Aquela voz... Então essa gostosa é a Slyred? Agora sim minha respiração vai parar de uma vez. Medo ou tesão? Em uma psicopata? Não, não.

Ela se senta em uma cadeira e me puxa para seu colo com brutalidade. Suas unhas cravam em minha coxa e os lábios vão até meu ouvido.

- A única pessoa que vai sentir o seu sangue nos dedos sou eu. Conseguiu entender, bonequinha? - Estou sendo ameaçada. E se não for o sangue da sua buceta sem dúvidas vai ser do seu pescoço se alguém ousar te tocar.

- E-entendi - mordi firme os lábios; realmente estava com uma espécie de medo e em choque com a beleza dela. A garota passa a mão por minha coxa; até o efeito do álcool foi embora agora.

- Você ainda tem 17! Porque porra está bebendo? - Ela revira os olhos - Bonequinha idiota, vá se despedir das suas amigas; já passou da meia-noite. Cinderela, o feitiço acabou - sou erguida para fora da Slyred.

- Não precisa; elas estão ocupadas e talvez seja melhor poupar essa dor para nós três - respiro fundo e olho para Morgan e Liz que saíram do banheiro pela última vez. Meus olhos se enchem de lágrimas ao ver a Slyred rir de mim.

- Ah bonequinha, chorar é para garotas fracas. Sei que você é fraca, mas poderia pelo menos fingir que não é. Saiba que eu não tenho tempo para as suas sensibilidades. Não ache que vou ficar te dando suporte - a mulher segura meu pulso e já começa a me arrastar para fora do bar.

Olho o tamanho do carro dela, isso não me surpreende. Meu pai tem uns seis desses na garagem. A experiência nova é ser sequestrada. Entro no banco de trás e a garota me olha; preciso saber o nome dela.

- Não mandei você ficar aí atrás. É minha propriedade, tem que se sentar onde eu mandar - a voz dele soa firme. Saio do banco de trás e sigo para o passageiro da frente.

As ruas se tornaram irreconhecíveis, e o baque de perceber que nunca mais vou ter as pessoas que amo é devastador. Nunca fui a pessoa mais amada de todas, mas amo; pelo menos consigo amar alguém. As lágrimas embolam minha vista.

- Já mandei você parar de chorar. Se continuar, vou te dar motivos para chorar de verdade - ela nem olha na minha cara, só continua dirigindo. - Só pra constar, me chame de Madison.

Continuo quieta, tentando conter as lágrimas, mas começo a soluçar. Isso a incomoda ainda mais; ela se mexe no banco do carro tentando controlar a raiva.

- Você tem sorte que estou extremamente calma - Madison me olha de relance e volta a focar na pista.

Os soluços estão piores; o que posso fazer?! Não consigo conter a porra da ansiedade.

- Já deu - ela para o carro no meio da estrada e sai. Será que é agora que ela tira uma arma do bolso e me mata?

Tremo por inteiro quando Madison/Slyred abre a porta do meu lado e me pega no colo. Puta que pariu, e agora minha morte? No breu da estrada?

Ao invés de ser jogada ou receber socos, ela deu a volta no carro, abriu a mala e me jogou! Como um saco de batatas velhas.

Durante o caminho, sinto algo molhado em minhas costas; era pegajoso... Quando a luz invade a mala, vejo que o líquido era sangue. Bela hora para a respiração ficar desregulada e simplesmente apago.

SlyredOnde histórias criam vida. Descubra agora