Não sei o que dói mais, se é minha cabeça ou minha coxa inchada. Fui burra de ter fechado os olhos e confiado. Madison estava ao meu lado na cama, segurando um copo de água e comida.
Nem olho para ela e pego a água de sua mão, tomando um gole. Meus lábios estavam secos. Madison me olha e tenta passar a mão pelos meus cabelos, mas me afasto completamente.
- Está se sentindo melhor, bonequinha? - Sua frieza é tão perceptível.
- Estou ótima! - respondo sarcasticamente, carregando um ódio imenso. - Principalmente quando uma vadia resolve me queimar com uma faca.
- Primeiramente, não me chame de vadia. Ainda posso te dar uma lição mesmo com essa perna desse jeito - Madison me olha com raiva. Ela segura uma bandeja em sua mão, partindo um bolo. - Mastiga e não me faz perder a paciência.
- Vou continuar chamando, é isso que você é - mastigo ainda sem olhar em seus olhos. As mãos dela vão até minha coxa e eu quase vomito de dor.
- Continue falando merda e eu vou apertar sua coxa até você morrer de dor - ela me ameaça, levantando-se e jogando a bandeja em mim. - Coma logo, a gente tem que arrumar a mala. Vamos viajar para a cidade próxima; não se preocupe, voltamos no dia do seu aniversário e vamos para essa tal festa do pijama.
Fico calada e, quando ela sai, jogo a bandeja no chão. O vidro quebra e se espalha por todo lugar. Passo a mão pelos meus cabelos enquanto as lágrimas caem; estou tão cansada, cheia de dor e exausta.
Levanto-me com relutância e pego uma mala branca. Madison trouxe algumas roupas para mim, então as dobro e coloco na mala, jogando-as lá dentro já que não consigo me ajoelhar. Olho para a marca na minha coxa e respiro fundo; arde pra caramba.
- Fazer birra não vai tirar sua dor - Madison aparece de calcinha e sutiã atrás de mim; ela tomou banho e o cheiro do perfume é evidente. - Vai ficar com essa cara emburrada para sempre, princesa? - diz sarcasticamente, beijando meu ombro. Viro minha mão quase acertando seu rosto e ela ri, puxando-me para perto e beijando meus lábios.
- Você é uma louca - digo com raiva imensa.
- E você percebeu isso agora? - Ela faz um bico de deboche e morde meus lábios. Sou mais rápida e mordo os dela com tanta força que sangram. Ela passa a língua pelos lábios ensanguentados em um sorriso e lambe meus lábios rindo.
- Sangue não me afeta, amor; deveria mudar a técnica - ela dá um tapinha na minha bunda, fazendo-me morder os lábios pela dor na coxa. - Esqueci desse detalhe - ri enquanto vai até a cômoda pegar uma pomada. Ajoelha-se ao meu lado e passa devagar na cicatriz.
- Eu já terminei; não vou conseguir levar minha mala, então faça pelo menos isso - digo estressada enquanto arrumo meu cabelo enquanto ela põe um vestido.
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Slyred
Fanfiction𝑫𝒊𝒂𝒏𝒆 𝑽𝒆𝒄𝒄𝒉𝒊 Desde pequena cresceu cheia de regras, tinha tudo que queria, menos o amor de sua família, obviamente. Diane cresceu com a perspectiva de que ela não seria amada por sua família, o que não era bem mentira. Desde sempre foi...