Duke, Please Fail!

Capítulo 95

Assim que Adelhardt percebeu que havia um mal-entendido, ele se perguntou se seria necessário machucar ainda mais Leonel.

Foi o momento em que Adelhardt decidiu filtrar suas palavras.

"Apenas me conte tudo. Não quero passar por isso de novo."

Leonel interrompeu seus pensamentos. Adelhardt encheu novamente o copo e esvaziou-o.

"Tatiasun estava em estado de lavagem cerebral."

Ele disse em uma frase e observou a expressão de Leonel. Ele tinha uma cara de pôquer, com pernas cruzadas e mãos entrelaçadas. Ele estava silenciosamente encorajando Adelhardt a continuar.

Adelhardt explicou com mais detalhes a Leonel o que havia contado a Nelly.

"Uma resposta veio?"

"Sim, tinha o selo da família Altwood. A caligrafia e o tom combinavam com os seus.

"Selo, caligrafia e tom... deve ser alguém da família Altwood."

"Provavelmente."

Naturalmente, o rosto de seu tio lhe veio à mente.

Enquanto Leonel estivesse no campo de batalha, teria toda a autoridade para interceptar cartas; não teria sido uma tarefa difícil.

Adelhardt, tendo o mesmo pensamento de Leonel, perguntou.

"Que carta é essa de que você fala?"

"A mensagem era sobre Tatiasun vazando informações ao inimigo sobre a localização, táticas e tamanho de nossas forças."

Adelhardt assentiu, pois também estava ciente do conteúdo.

"No início não acreditei, mas o forte foi atacado. As informações disponíveis no campo de batalha são limitadas, então enviei-lhe a carta."

"Para confirmar se Tatiasun era um traidor?"

"Não, eu queria que você encontrasse uma maneira de salvá-lo. Eu sabia que era improvável, mas se houvesse uma chance, eu queria salvá-lo."

Mas a carta nunca chegou a Adelhardt.

Quando Leonel voltou depois da guerra e soube o que Adelhardt estava fazendo no momento em que enviou a carta, descobriu que Adelhardt estava se concentrando em construir sua influência nos círculos sociais.

"Esperei pela sua resposta por duas semanas. Durante esse tempo, houve ataques frequentes e sofremos uma derrota na batalha. Eu tive que decidir, pois um quarto de nossas tropas havia morrido."

No dia em que Leonel tomou a decisão, Tatiasun veio até ele. Ele tentou esfaquear Leonel, mas tinha lágrimas nos olhos, como se estivesse fazendo algo que não tinha escolha a não ser fazer, uma pessoa em agonia, mas tentando defender suas crenças.

"Achei estranho, mas nunca imaginei que ele tivesse sofrido uma lavagem cerebral."

Quando Leonel teve que recuperar o corpo de Tatiasun com as próprias mãos, ele teve que apagar suas emoções.

Ele não podia se dar ao luxo de sentir tristeza ou pesar. Se ele deixasse entrar as emoções emaranhadas, era certo que enlouqueceria.

Mas ele ainda tinha pessoas para liderar, subordinados feridos e famílias para enviar enquanto a guerra prolongada cobrava seu preço, desde Fausto, que teve de partir porque não conseguia cuidar de sua família, até Levance e Arette, que o seguiram. ele no campo de batalha.

Ele queria acabar com sua vida imediatamente, mas tinha muitas responsabilidades para cumprir. Ao receber a notícia da traição, recebeu ordem de retornar à capital.