Capítulo 7

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Recosto no travesseiro pela terceira vez, ao olhar para Dandara ressonando deitada na cama ao meu lado.

Não estava em meus planos transar com ela assim, sem uma preparação especial. Um jantar, um vinho, vários beijos na boca. Afinal, eu sempre gostei disso. Saio com mulheres aleatórias, mas nunca abro mão do flerte. Não pode ser só sexo, tem que ter aquela adrenalina que antecede o sexo. Acho que a adrenalina com a Dandara começou no dia em que meus olhos recaíram sobre ela.

Aí, foi a porta do quarto se fechar e a luxúria tomar conta, me fazendo agir como um desesperado em um oásis no meio do deserto. Cheiro inebriante, pele macia, corpo perfeito. Tudo contribuiu para a melhor experiência da minha vida, sem sombra de dúvidas. Dandara é uma mulher única e espetacular. Nunca vi tamanha entrega, cheguei a duvidar da sua inocência porque não foi difícil enfiar meu pau dentro dela, e nem difícil chegar ao clímax com o calor que emanou da sua pele. Pele vermelha, intocada, deliciosa.

Olho outra vez para ela e seus olhos estão abertos.

— Dormi muito?

— Um pouco, mas é normal isso acontecer. — Recosto no travesseiro, e olho para ela. — Está tudo bem?

— Está. O que pensava? Seu nervo do pescoço estava em atividade. — Ela se espreguiça e engulo a saliva ao ver seus mamilos duros e visíveis na camiseta. São os maiores bicos que eu já vi, são pontudos, deleitosos. Controlo meu desejo.

— No que fizemos mais cedo. — Sou honesto.

— Está preocupado com isso ainda.

— Não, não pensava mais nisso. Pensava em você, no seu corpo, na sua beleza natural, o quanto eu fiquei enlouquecido com tudo que experimentei. É real esse lance de atrair o homem? — Ela ajusta o travesseiro mais alto e arruma os seios na camiseta, porque sabe que eu estou olhando para ele.

— É. A composição do meu perfume tem substâncias que atraem o homem para o sexo. Usamos isso na noite de núpcias de um casamento na aldeia. Também usamos as tintas pelo corpo todo. O que acontece é que alguns sentem mais que outros. Você é suscetível ao meu cheiro. — Ela ri, gosta de saber que eu não sou imune a ela. Me deito em cima dela, prendendo-a na cama. Seus braços envolvem o meu pescoço.

— Agora você está presa.

— Acho que é você que está preso, maraú. — Ela tem razão, minha boca cola na sua e me sinto preso ao que estamos sentindo um pelo outro. Nosso beijo acende tudo em mim, minha pele se arrepia, meu pau endurece dentro da bermuda, mas eu sei que ainda é muito cedo para transarmos outra vez. Deito ao seu lado outra vez, buscando na respiração o controle que eu jamais imaginei ter, são muitas novidades nesse fim de semana.

Dessa vez ela que se vira e fica brincando com meus mamilos duros. Seu toque traz uma nova experiência para mim, nenhuma mulher fez isso comigo, de explorar o meu corpo masculino.

— Você gosta do que faz em seu trabalho?

— Gosto muito. Mexo com tecnologia desde muito novo, apesar de não saber o que era quando comecei a fazer isso. Foi a tecnologia que me fez chegar onde estou hoje. Andava em umas erradas quando conheci meu melhor amigo, Stevie. Foi ele que me mostrou e me ensinou o que fazer com tudo que eu sabia inventar. Stevie é meu sócio na empresa. E você, tem um sonho?

— Quero ser médica. Esse é meu sonho desde ainda criancinha, é algo que nasceu comigo e que ao longo dos anos foi se tornando ainda mais enraizado. Mas nem sempre conseguimos alcançar o que sonhamos para nós. O caminho a trilhar é bem longo no meu caso. — Uma energia pulsante domina a sua fala inicialmente, mas essa luz vai se apagando e se torna um sussurro no final das suas palavras. Quero entender o porque dessa mudança.

DANDARA - UMA HISTÓRIAOnde histórias criam vida. Descubra agora