Chapter Four:

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Boa leitura!

"Homem é pra sentar

Vocês, vocês querem amar

É por isso que sofre" 

É Por Isso Que Sofre (part. DJ Batata e Tati Quebra Barraco)

Bárbara Labres


Chapter Four:

Minhas mãos suadas apertam ao redor da maçaneta da porta, arrepiando meu corpo, alertando-me que não haveria como voltar atrás. Do outro lado estava o predador, esperando pacientemente para que sua presa saia da toca, eu era a presa.

Giro a maçaneta e nada acontece, não abre, e minha mente lembra-me vagamente que eu havia escondido a chave em algum lugar do quarto. Não consigo pensar com clareza o bastante para me lembrar onde eu havia guardado a chave, desesperado pelo contato giro mais uma vez, convencendo a mim mesmo que a porta iria se abrir magicamente. Frustrado sinto lagrimas brotando no canto de meus olhos.

"E-eu não consigo. Não abre" minha voz sai embargada. Minha mente me sabota fazendo-me pensar que eu não sou um bom ômega.

"Harry, ouça minha voz" sua voz sai quase como um ronronar, acariciando meus ouvidos, minha pele. Me envolvendo. E eu sei definitivamente que Draco está em sua consciência.

"E-eu sinto muito" murmuro fraco "eu n-não me lembro" término, sentindo lagrimas quentes escorrerem por minhas bochechas.

"Shiii. Está tudo bem, respire" sua voz sai baixa, como se estivesse ali comigo, me confortando.

"É minha culpa" solto, sentindo-me frágil, exposto. Eu não era um bom ômega.

"Harry, amor. Me ouça" Ele murmura, ronronando. Me acalmando "Não é sua culpa, eu sabia, eu pedi para que fizesse isso" eu posso ouvir sua respiração do outro lado.

"M-mas eu não consigo me lembrar" franzo o cenho, mordendo meus lábios, o suficiente para que sentisse o gosto metálico em minha boca. Tento me lembrar, eu preciso me lembrar, eu quero que isso aconteça.

"Você não precisa se lembrar. Eu sinto muito" ele se desculpa e eu sinto como se algo ficasse preso em minha garganta.

"Você não me quer?" Pergunto, sentindo minha voz quebrada. Ele não me quer.

"Não, não é isso. Por Deus, o que eu fiz" Ele murmura quase que como se fosse para ele mesmo "Eu te quero tanto que dói! Saber que tudo que nos separa é uma porta" ele suspira "Eu preciso de você Harry. Mas isso não é certo, nós mal nos conhecemos" explica.

Eu fungo, sentindo que isso era estranho "Mas nós sabemos o nome um do outro. Isso não é o suficiente?" indago, formando um biquinho em meus lábios, isso já era o suficiente.

"Não é isso o que eu quis dizer" Ele suspira, tentando argumentar.

"O que mais? Isso já é o suficiente, você é bonito, você tem bons genes e meus bebês nascerão saudáveis" murmuro a contragosto.

"Por favor Harry" Ele geme, quase como se eu tivesse falado algo que o torturasse.

"Eu vou achar" Murmuro, passando meus olhos pelo quarto, procurando, tentando me lembrar onde estava a maldita chave.

"Não faça isso Harry. Eu imploro" Ele está ofegante, e eu respiro fundo, sentindo seu cheiro.

Eu precisava dele. Eu precisava dando que doía.

E então silencio e pequenos arfares vieram outra vez. Rosnados, arranhões, Draco não estava mais ali e sim o alfa que eu precisava urgentemente deixar entrar dentro de mim.

"Harry?" Sua voz saiu arrastada, animalesca "Eu não estou vendo está maldita porta aberta"

Fecho os olhos, apreciando, saboreando o tom de sua voz. Eu gostava de Draco, eu gostava do alfa que estava ali, necessitado por mim, desesperado por mim. Eu precisava de ambos, de Draco e o alfa que também era ele, a sua parte animalesca, aquele que precisa de um ômega para se manter saciado, aquele que precisa de mim.

Meus olhos se fecham por um momento, me concentrando apenas em meus próprios desejos egoístas, em meus próprios desejos carnais. Esquecendo qual era o meu principal objetivo, esquecendo o que eu estava procurando.

Eu me sinto quente, meus mamilos sensíveis ao tecido da camiseta que eu usava, minhas calças estavam molhadas e pesadas. Eu preciso de algo. Minhas mãos se dobram contra a madeira gelada do chão, lambo meus lábios tentando fazer com a secura deles desapareçam. Mexo meus quadris contra o chão, gemendo ao sentir a fricção dolorida de meu pênis contra o chão e minhas roupas, meus quadris se mexem sozinho contra o piso gelado, minhas mãos se encontram com meus mamilos, acariciando-os, apenas me dando prazer.

Minha outra mão desce contra meu abdômen e então adentro contra minha calça, agarrando meu pênis forte o suficiente para que eu jogue minha cabeça para trás, expondo minha garganta, liberando cada vez meus feromônios. Mal ouvindo Draco do outro lado da porta, concentrando-me apenas em mim. Saliva se acumula em minha boca escorrendo de minha boca, sinto quando minhas roupas não são o suficiente para segurar minha própria lubrificação, passando para o chão, fazendo bagunça o suficiente para ter certeza que eu vou odiar quando recobrar minha consciência.

Meu corpo se inclina contra o chão e eu me coloco de quatro, esquecendo de meus mamilos sensíveis, levo minha outra mão para de minha calça, suspirando ao tocar ao mesmo tempo a cabecinha molhada, deslizando para mais longe até que eu alcance meu buraco. Meus dedos entram com facilidade e meus gemidos saem descontrolados, minha mente está nebulosa, e eu me sinto tão sensível quanto nunca. Minhas mãos fazem um trabalho rápido, implorando a mim mesmo que eu goze logo.

E então tudo para e meus olhos se voltam para porta se range quase como se alguém estivesse a forçando. E então eu me lembro do alfa do outro lado, e então em câmera lenta a maçaneta cai contra o chão da porta e como se fosse um filme de terror, lentamente a porta se abre.

E lá estava ele, nada o cobria, mostrando sua gloriosa forma e seu majestosos pau. Seus cabelos caiam como fios de seda, brilhante contra a luz fraca do banheiro, tudo brilhava nele, seu corpo brilhava e eu me senti atraído instantaneamente como uma mariposa, sem saber o quão perigoso era. Seus olhos brilhavam perigosamente em um dourado intenso, me observando, prestes a me devorar.

"O querido, você demorou demais" Ele sorri mostrando suas presas afiadas o suficiente para perfurar a carne de meu corpo, perigoso o suficiente para que eu fique cada vez mais molhado.

"Alfa" é tudo que consigo dizer.

Ele caminha perigosamente para perto de mim, seu membro pulsando, balançando, mostrando o que me aguardava.

Eu era a presa capturada.  

Boa leitura

FU - DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora