Chapter Eight:

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Boa leitura!

"If I can't have you then no one can
I'd let it burn
I'd let the world burn
Just to hear you calling out my namе
Watching it all go down in flames" Let the World Burn – Chris Grey

Chapter Eight:

Meu corpo não reage de imediato. Eu encaro impotente por alguns segundos meu ômega correr para longe de mim, sinto meu estomago revirar e meu alfa me punir. Eu estava fazendo meu ômega se sentir inferior e indesejável, o fazendo chorar. Lambo os lábios sentindo meu corpo tremulo com a mistura de cheiros a minha volta, que me deixam com vontade de vomitar, minha cabeça dói e eu cambaleio ao tentar me levantar para ir atrás do odor de tristeza, angústia, desespero e medo. Meu corpo tomba para o lado quando me levanto e eu me firmo com o peso de meu corpo, me forçando a achar meu ômega e acalmá-lo, para explicar que tudo não passava de mal-entendido.

Respiro fundo enquanto me arrasto pelos corredores, em sua procura. Na esperança de que ele não tenha saído para fora de casa, seu cheiro é mais forte conforme sigo para o final do corredor. Segundos depois, estou de pé em frente a uma porta com a pintura branca já desgastada, minha mão se fecha em torno da maçaneta e eu a giro, rosnando quando não tenho sucesso. Era tudo minha culpa, havia marcado Harry sem a permissão dele e em um estado de fúria, estados esses que aconteceriam com muita frequência ainda. Que ômega estaria disposto a se prender a um alfa que poderia entrar em modo selvagem a cada momento? A culpa me rasga de dentro para fora.

"Harry?" eu tento chamá-lo, não ouvindo nada além do som dos ventos que batem na janela fechada.

Meu corpo tensiona, tanto pela culpa e punição, quanto por estar tão longe de meu ômega após marcá-lo. Respiro fundo para me acalmar, sentindo o vento gelado entrar em meus pulmões, me dando coragem o suficiente para quebrar a maçaneta, forçando-a abrir para mim. A porta range quando eu a empurro e eu giro meus olhos pelo quarto empoeirado, procurando pela figura de Harry. Minha respiração engata, quando encontro somente caixas e não vejo o corpo nu de Harry, por um momento cogito a ideia de meu olfato ter falhado e que Harry tenha saído pela janela.

Adentro o quarto e olho mais uma vez ao redor, aliviado quando encontro seu corpo encolhido atrás de algumas caixas que eu chuto serem roupas guardadas. Não penso muito e me agacho ao lado do corpo tremulo e encolhido, sentindo meu estomago revirar quando encosto em seu ombro gelado, na esperança de fazê-lo olhar para mim, e ao contrário do que espero Harry não se meche. Sinto o desespero tomando conta de meu corpo e eu seguro contra meu corpo, estremecendo pelo contato com a pele gelada e molhada de suor.

"Harry?" o sacudo com leveza "querida?" murmuro em desespero quando não obtenho resposta.

Com força o seguro em meus braços e o levanto do chão sujo e frio, o alívio me percorre quando seu corpo se encolhe para perto de mim, buscando o calor de meu corpo. Meus passos são rápidos quando vou para o quarto de Harry, com cuidado deposito seu corpo contra o colchão e o cubro com uma coberta grossa que estava jogada aos pés da cama.

Meu corpo age no automático e eu encho a banheira com água quente o suficiente, para que eu limpasse a sujeira do corpo de Harry. Com um Harry limpo e vestido com pijama leve e quente, encaro o quarto e apesar de ele estar envolto em cobertores grossos e quentes, sinto que não é calor o suficiente.

DRARRY

"Querida... porque você fugiu?" ele pergunta e eu sinto seus dedos acariciando minhas bochechas molhadas.

Minha garganta se fecha e eu não consigo responder, desvio meu olhar de seu rosto machucado. Sinto uma mistura de sentimentos e me pergunto o porquê de tanto cuidado comigo, ele não estava arrependido de ter se ligado a mim? Minhas mãos apertam a borda do cobertor, em busca de um conforto prévio.

FU - DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora