FU - DRARRY

Chapter nine:

Boa leitura

"Quiero quedarme y conocerte
Quiero acercarme, escucharte y tenerte
Contigo me encontré

Quiero cuidarte y protegerte
Darte mi gloria, mi alma y mi suerte
Contigo me encontré" Contigo – Carla Morrison 

Chapter Nine:

____________________months before________

"Dragão?" minha pergunta soa boba, quando somente uma frase é dita.

"Sim Harry" Draco é doce e faz o mínimo de movimentos bruscos possíveis, parecendo com medo de que eu fosse me assustar ou chorar a qualquer momento.

"Então...o que você está fazendo aqui?" pergunto confuso. Hogwarts era uma cidadela pequena e rural, o pessoal se dava bem. Mas quase não víamos raças muito fortes.

"Eu realmente não me lembro Harry. Está tudo fragmentado, eu não sei se é real ou..." ele suspira "...falso"

Sua aparência mostra que ele está tão desamparado quanto eu, ele treme e eu não sei dizer se é de frio ou de nervosismo, talvez seja os dois. Reparo em como seus olhos vão de meu rosto, até a curva de meu pescoço, onde sua marca repousa.

Me sinto divido, Draco me queria, mas o ômega ressentido e magoado, rosna em meu interior. Assim como minha felicidade transborda por todo meu ser. Encaro seus cabelos que caem como cascata por seus ombros e braços, com um brilho quase branco quando a luz da lareira ilumina ao nosso redor, nos esquentando. Pisco lentamente enquanto meus olhos vagam por cada pedacinho dele, reparando por alguns momentos, manchas pretas ao lado de sua mandíbula. Automaticamente levo minhas mãos até o local, curioso, me perguntando o que seria.

"O que é? Dói?" pergunto, tocando com as pontas dos dedos, percebendo que é duro e macio ao mesmo tempo.

"São minhas escamas. Não, não dói" ele responde baixo.

Meus dedos percorrem lentamente, tocando onde consigo ver escamas, paro quando reparo nos grandes chifres que enfeitam sua cabeça. São longos e brilhantes, como se estivessem sido polidos com muito cuidado, assim como suas escamas a cor é de um preto profundo e brilham sob as chamas da lareira, ambos são de tamanhos iguais e se curvam na ponta. Lentamente minhas mãos se aproximam de seus chifres, hesito por breves instantes, com medo de ser repreendido.

"Nós somos parceiros agora querida. Não sinta medo" ele diz, inclinando sua cabeça contra meu toque. Estremeço ao sentir como eles estavam gelados.

"Está gelado" digo.

"Sim, não acho que tenha toucas que consigam mantê-los quentes" ele brinca "Mas não me incomoda"

"Como é?" o encaro "digo, ser um dragão? Como você se sente?"

"É quem eu sou. É natural e selvagem" ele murmura "Estando acasalado, me sinto completo..., mas...estar perto de você...eu não sei, eu quero prendê-lo e mantê-lo somente para mim"

Minhas sobrancelhas franzem e eu não me sinto assustado, talvez protegido. Sinto que eu deixaria ele me prender e me esconder do mundo.

"Eu não sei explicar. Quando eu estava lá fora, pegando madeira para te manter aquecido...eu só pensava que eu deveria estar aqui ao seu lado, mesmo que você estivesse bravo ou chateado comigo" ele suspira "nesse momento, você é tudo que eu consigo ver"

"me conte mais sobre você" peço envergonhado, sem saber como agir com sua confissão.

"Eu não sei muito, como eu disse, tudo está muito fragmentado e as vezes não parece real. Eu não sou daqui, dessa cidade, disso eu sei. Às vezes eu consigo me lembrar de pessoas, porém, eu não consigo saber qual era nossa relação" seu olhar cai "Eu tenho uma família bem grande, eu sinto que eles estão em algum lugar. Mas eu não sei onde"