02, Condenados

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OS OLHOS DE GYEONG SU transmitiam uma mistura de determinação e pavor enquanto ele a arrastava para longe do perigo iminente. Correram juntos pelos corredores, desviando-se dos corpos caídos que convulsionavam e obstruíam seu caminho. O ar estava impregnado com o cheiro metálico de sangue e o som de gritos de terror preenchia seus ouvidos.

A cada passo, Hye Ji podia sentir o perigo se aproximando, mas ela continuou agarrada à mão de Gyeong Su firmemente, encontrando conforto na presença do amigo enquanto lutavam para sobreviver ao caos que havia se instalado na escola. Seus corações batiam em uníssono, acelerados pela adrenalina e pelo medo, mas a presença um do outro fornecia um fio tênue de esperança.

Aqueles seres com seus olhos vazios e vidrados não cessavam em sua perseguição implacável. A saliva escorria de suas bocas, manchando seus uniformes escolares com uma mistura repugnante de sangue e fluidos corporais. Seus movimentos eram desajeitados e descoordenados, contorcendo-se de maneira grotesca enquanto avançavam em direção às vítimas.

O cheiro que emanava daquelas criaturas era nauseante, uma combinação de carne podre e sangue coagulado. Na Yeon tinha razão: era o cheiro de cadáver. O som de seus gemidos ecoava pelos corredores, enchendo o ambiente com uma atmosfera de terror e desespero. Essas criaturas, uma vez seus colegas de classe, agora eram sombras distorcidas de sua antiga humanidade, sem vestígio algum do que eram antes.

Gyeong Su diminuiu o passo, adentraram um corredor vazio, os olhos atentos a qualquer sinal de perigo. Ao se deparar com os amigos dentro da sala de aula, ele bateu com desespero na porta, o som reverberando como um pedido desesperado de ajuda.

— Para! Não deixa eles entrarem! — gritou a voz trêmula de Na Yeon do outro lado da porta.

— Abre logo essa porta, droga! — Gyeong Su urrou para Wu Jin, que prontamente permitiu sua entrada.

Assim que entraram na sala, um suspiro coletivo de alívio ecoou pelo ambiente tenso. Gyeong Su soltou a mão de Hye Ji, deixando-a livre para processar o que acabara de acontecer. A garota permanecia em estado de choque, seu corpo trêmulo enquanto suas lembranças se misturavam com a realidade assustadora que enfrentavam.

Hye Ji deslizou pela parede e sentou-se no chão frio, seus olhos arregalados refletindo o horror que testemunhara. Lembranças vívidas invadiram sua mente, transportando-a de volta ao laboratório de ciências, onde ela e o professor discutiam teorias perigosas e intrigantes.

“Isso causaria um descontrole no organismo humano, dando mais potencialidades e força, a medida que ao invés de fugir por causa do medo, o indivíduo atacaria para se defender, não acha?” ecoavam as palavras do professor em sua mente, fascinado pelo potencial desconhecido.

Carnage // All of us are dead Onde histórias criam vida. Descubra agora