15, Sob a névoa

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ENQUANTO ESPERAVAM AS VETERANAS voltarem com notícias sobre o derredor, os sobreviventes mergulhavam em um silêncio pesado, cada um lutando com seus próprios pensamentos sombrios. Hye Ji, ao lado de Nam Ra, descansava com os olhos fechados, tentando encontrar um momento de paz em meio ao caos. No entanto, uma sensação incômoda a fez abrir os olhos abruptamente. Uma forte respiração próxima ao seu pescoço a fez instintivamente virar a cabeça.

Ela encontrou Nam Ra, cuja expressão era uma mistura de desespero e autocontrole. Nam Ra rapidamente virou o rosto, mordendo o próprio pulso com força para não ceder ao impulso de machucar a namorada.

Hye Ji pegou a mão dela, seus olhos cheios de preocupação enquanto examinava o ferimento. As marcas profundas dos dentes de Nam Ra eram um lembrete cruel da luta constante que ela enfrentava.

— Não faz isso de novo, não se machuque — pediu Hye Ji, sua voz suave, mas firme. — Se você se sentir assim outra vez, pode me morder. Está tudo bem. É provável que eu fique como você. Está tudo bem.

Nam Ra balançou a cabeça, lágrimas de frustração e dor escorrendo pelo seu rosto.

— Não, não está — ela sussurrou, a voz trêmula.

— Está sim — Hye Ji puxou Nam Ra para mais perto, segurando-a com firmeza, como se pudesse afastar todos os medos e dúvidas com um simples abraço.

— Se eu perder o controle e começar a agir de forma estranha novamente, você vai ter que me deixar ir — disse Nam Ra, seus olhos refletindo um medo profundo.

— Finalmente consegui te conquistar e você acha que vou deixar você ir? — respondeu Hye Ji com determinação. — Não se preocupe. Não vou deixar você perder o controle. E mesmo se você fizer isso, não vou deixar você ir.

O som de passos se aproximando interrompeu o momento, e as duas se afastaram, embora ainda mantivessem as mãos entrelaçadas. Ha Ri e Mi Jin voltavam, suas expressões carregadas de seriedade.

Enquanto as veteranas compartilhavam as possibilidades e riscos com os mais novos, Hye Ji delicadamente cobriu o olho esquerdo avermelhado de Nam Ra com um pedaço de pano. Ela o ajustou com cuidado, tentando esconder qualquer sinal da transformação iminente para não alarmar os outros.

— Tem uma porta no primeiro andar que leva a montanha. Acho que temos que ir por lá — sugeriu Ha Ri.

— Mas está cheio de zumbis lá dentro — comentou Dae Su, com preocupação.

— Não chegamos ao topo por alí e pelas janelas? — indagou Cheong San, apontando para o alto. — se alguém for ao telhado e gritar os zumbis vão seguir. Então vai esvaziar e os outros vão conseguir escapar.

— E o garoto maravilha ataca novamente — Lee Hye Ji revirou os olhos, sua voz carregada de cansaço e sarcasmo.

— Se for o único jeito... — insistiu Cheong San.

Carnage // All of us are dead Onde histórias criam vida. Descubra agora