06, Desolação

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A SALA DE GRAVAÇÃO AGORA se transformara em um banheiro improvisado, que foi rapidamente utilizado assim que finalizado, gerando uma fila de espera.

— Pelo menos têm policiais e soldados lá fora — comentou Hyo Ryeong, tentando manter o ânimo.

— Mas, nos filmes, a polícia e os soldados também não servem de nada — ponderou Wu Jin.

— Mesmo assim no final acabam salvando vidas — respondeu Hyo Ryeong, mantendo sua esperança.

— Apenas tentem não criar expectativas muito altas. Quanto maior a expectativa, maior a decepção — aconselhou Hye Ji, com um tom mais sombrio.

Dae Su saiu do banheiro improvisado, dando finalmente a oportunidade para Joon Yeong usar, mas o garoto não aguentou o odor e rapidamente retornou para junto dos outros, optando por segurar o xixi. Todos sentiram o forte odor e apertaram o nariz quando Dae Su se aproximou.

— Parem de exagerar, nem está fedendo — tentou minimizar Dae Su.

— Não tem ninguém lá fora, — observou a presidente. — não há luzes acesas nas lojas ou nos apartamentos. Todos fugiram ou morreram.

— O que está dizendo? — perguntou On Jo, preocupada.

— Que ninguém virá nos salvar — esclareceu Nam Ra, com um tom sombrio e realista.

— Não seja tão pessimista — sugeriu Joon Yeong.

— Conhecem a minha mãe? Ela destruiria o colégio me procurando, mas ainda não veio — argumentou a Choi, destacando a ausência de qualquer ajuda externa.

— E o que quer fazer? — indagou Ji Min, em tom de desafio.

— Só estou expondo os fatos — respondeu Nam Ra, mantendo-se realista diante da situação.

— Sabemos que ninguém virá, — retrucou Ji Min. — então vamos discutir o que fazer.

— Precisamos esperar o resgate — opinou On Jo. — não deveríamos ir a um lugar perigoso.

— E se ninguém vier? — questionou Nam Ra, levantando uma preocupação válida.

— Não esperamos tanto tempo — respondeu On Jo.

— E quanto vamos esperar? — continuou contestando Nam Ra. — Quer esperar até morrermos?

— Não, vamos esperar o máximo que der. Não podemos sair agora mesmo — reforçou On Jo, procurando manter a calma e a racionalidade.

Carnage // All of us are dead Onde histórias criam vida. Descubra agora