03- Monstro?

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— Calma que aí é de mais, já me chamaram de muitas coisas, agora monstro é a primeira, eu agora chego a me sentir mal e injustiçado, só queria da o meu ombro amigo- falou a pessoa desconhecida com um leve gargalha na fala.

— Q.Quem é você?- Harry perguntou, o menino claramente ainda estava com medo, mesmo com a tentativa do indivíduo da cela tentando fazer uma graça para acalmar o menor.

— Prazer, eu me chamo Lucien- falou o desconhecido.

— O que você está fazendo aqui?- Harry perguntou de novo, rapidamente.

— Isso eu ia falar se você não me interrompesse- o leve entusiasmo na voz do homem foi se perdendo aos poucos.

— Desculpe-me- Harry falou baixinho, mas poxa ele estava assustado e queria respostas.

— Sem problema, mas agora eu te falei meu nome, então que tal antes que eu fale o que eu faço aqui, você não fala seu nome?- Lucien tentou ficar calmo.

— Eu me chamo Harry, só Harry- falou Harry ainda com medo do indivíduo.

— Tudo bem, só Harry- Lucien fez graça— Eu estou aqui porque eu fui preso, naturalmente, pelo que eu saiba isso aqui ainda é uma prisão se eu não me engano, não sei se meus anos aqui danificou meus neurônios.

Harry ficou com raiva da resposta do homem, não era isso o que ele queria saber, Harry queria saber o que o homem estava fazendo em sua cela.

— Não é isso o que eu quero saber, o que eu quero saber é o do por que você está nessa cela, a minha cela- Harry falou mais calmo, ele não sabia quem era esse homem, o menino de olhos verdes tinha medo de se machucar aqui dentro, ele estava sem sua varinha.

— Há, isso, em primeiro lugar essa cela não é sua, estou aqui a mais tempo que você, e isso tem muito tempo não sei o exato, não dá para saber exatamente em qual ano estamos com eu preso aqui dentro sem um jornal para isso.

— 1994- Harry o informou.

— O que?- perguntou o homem atômico.

— Estamos em 1994- Harry repetiu.

— Há, entendo, eu estou aqui desde que meu irmão botou a culpa em mim por algo que eu não fiz, claro já fiz muitas coisas que quebra com qualquer conduta  de ética que as pessoas tenham, mas aquilo eu sei que não fiz, aquele bastardo só botou a culpa em mim para livrar um amigo dele- Lucien falou com raiva— Eu estou aqui desde 1978, por atrocidades que eu nem pensaria em cometer.

Harry sentiu a raiva que o homem sentia, ele sentiu uma pontada de compaixão, não pena. Ele entendi como era ser traído por pessoas em que confiava.

— Do que você foi incriminado?- Harry perguntou abaixando a coberta, que antes ele tinha usado para se proteger.

— Estupro, assassinato, de menor e eu acho que alguma coisa a mais- falou Lucien abaixando a voz.

— Sinto muito, sei que não ajuda em nada mais, sinto muito- Harry sentia a necessidade de confortar o homem, então chegou dois passos mais perto, nada mais.

— Tudo bem, eu não fiz nada disso, eu nem sei como isso aconteceu, mas eu estou bem comigo mesmo e com minha mente, eu sei que eu nunca seria capaz de matar criança alguma, sempre fui ensinado que qualquer criança é especial, é mágica, mesmo ela sendo trouxa ou bruxa, são apenas crianças- o homem deu um pequeno sorriso— E eu nunca estupraria ninguém, nunca na minha vida faria algo vill assim, eu fui educado bem o suficiente, e se eu fosse esse tipo de pessoa, eu sempre penso que poderia ser uma pessoa da minha família, então isso nunca se passou pela minha cabeça.

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