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Era de tarde no mesmo dia, dava para saber que era de tarde pelo sol não tão quente e sim morno e laranja que entrava pela pequena janela.

Harry sentiu alguma coisa o aperta de lado, era quente e aconchegante, o menino abriu os olhos e olhou para o teto, o laranja do final de tarde entrava pela janela e naquela cela sombria era a única luz que entrava. Harry em um pensamento tardio olhou para o lado se perguntado o do porque ele sentia um quente lá.

Assim que ele olhou para aquele lugar ele se deparou com Lucien, que o abraçava enquanto dormia aconchegando-se ao lado de Harry.

— Haaaaa- Harry gritou surpreso enquanto afastava-se o homem, que ele percebeu agora tinha o cabelo loiro, que parecia branco como a neve.

— Haaa- Lucien gritou ao ser desperto bruscamente— O que foi? - perguntou o loiro atônito.

— Você, estava me abraçando.

— Eu fiz isso para te conforta, vai fazer igual ontem a noite e me chamar de monstro?- perguntou Lucien.

— Não, desculpa, eu só estava assustado, eu acordei e você estava aí- se explicou- Desculpa- me por ontem a noite também, eu estava com medo e assustado e não sabia o que ou quem você era- se desculpou em um fio de voz.

— Sem problema acontece, eu entendo, eu fui meio que evasivo ontem, só que eu vi você chorando e não sabia o que fazer, então eu só te abracei, você é a primeira pessoa que eu vejo em anos e eu não sabia como agir, eu não sou uma pessoa que abraça muito- suas palavras eram verdadeiras— Mas eu senti vontade de te abraçar para conforta- lo, então eu só fiz.

Harry deu um pequeno sorriso para da a  sensação de que estava tudo bem, para Lucien.

— E eu só te abracei hoje pelo mesmo motivo, o seu Dementador ficou muito mais tempo que o meu, uns bons minutos a mais, e você gritava bastante então quis te conforta.

— Tudo bem, obrigado- agradeceu— É que não é muita gente que me abraça, o único que eu tinha dado tanta liberdade para me abraçar assim foi o meu namorado, e infelizmente ele morreu uns dias atrás- as palavras de Harry fez Lucien dá um sorriso constrangido e forçado, ele não sabia conforta uma pessoa, ele não foi criando em um ambiente em que as pessoas confortava umas as outras.

— Sinto muito- repetiu as mesma palavras que Harry tinha dito a ele na noite anterior.

— Tudo bem, dói muito pensar nisso, mas tudo bem- as lágrimas encheu os olhos de Harry— Eu nem tive tempo direito de lamentar a morte dele antes de ser jogado aqui, no outro dia depois de sua morte eu já estava sendo levado para o tribunal- Harry confidenciou ao loiro— Eu não tive nem a chance de ir em seu funeral- disse Harry triste.

— Sinto muito- repetiu de novo a palavra de conforto que recebeu na noite anterior— Se você quiser eu posso te abraçar, falam que abraço resolve tudo— Lucien ofereceu.

Abrindo os braços para o menor para caso Harry decidisse se aconchegar ali dentro. Harry olhou para o homem estranho, seus olhos semicerrados olhando para aquele cara  claramente suspeito, e suspirou.

Ele não tinha ninguém aqui, Harry tinha pouca tempo aqui dentro e já achava que estava ficando louco, e precisava de um abraço para se confortar.

Harry se arrastou para o local a onde anteriormente ele estava deitado e, devagar e cauteloso ele abraçou Lucien.
Os braços de Lucien era forte, e quente dando uma boa sensação de segurança, de proteção.

Lucien apertou os braços um pouco mais forte ao lado de Harry, o loiro pedia a Merlim que aquilo fosse o suficiente para conforta o menor.

— Se você quiser você pode chorar em mim, eu não me importo- deu a autorização. Lucien não se importava se um pequeno local em sua roupa esfarrapada fosse molhada.

Isso foi tudo o que Harry precisava para chorar. O garoto chorou enquanto se agarrava ao loiro como se sua vida dependesse disso, Harry chorava de tristeza pela morte de Cedric, seu coração doía e chegou um momento que Harry não conseguia respirar, sua respiração estava superficial, e Lucien notou isso

— Respira, você precisa respirar Harry - Lucien tentou guiar Harry, ele sinceramente não sabia o que fazer em uma situação dessa. Harry ainda não estava  conseguindo respirar, mas mesmo assim não soltava as roupas rasgadas de Lucien.

Lucien pensando rápido, afastou Harry e o virou de costas,  botando a mão no rosto do menino, a mão maior que a mão de Harry tampou do queixo até o nariz do moreno.
A mão de Lucien se ajustou para que, o dedo  mindinho ficasse no queixo de Harry e o indicador e dedão tapasse o nariz do moreno, fazendo com que a respiração de Harry parasse completamente. Harry não tinha como, mas se força a puxar um ar que estava ali, seu peito subia e descia, e ele estava suando frio.

Lucian tampou o nariz de Harry por três segundos e depois soltou, fazendo Harry puxar uma grande corrente de ar, antes de tossir, pela grande corrente de ar que inundou seus pulmões.

Harry respirou rápido, mas ao mesmo tempo de vagar. Um momento depois Harry já estava respirando bem o suficiente para falar.

— O..Obrigado- agradeceu.

— Não a de quê, eu faria isso por qualquer pessoa- mentira. Lucien dificilmente chegava perto de qualquer pessoa para ter a intimidade de tocar o corpo de qualquer ser humano.
Lucien puxou o corpo de Harry de novo para perto do seu e o abraçou, ele passou a mão pelos fios negros de Harry enquanto confortava o menor.

Aonde eles estavam, Lucien se deitou e botou Harry deitado ao seu lado, com a cabeça do menino de olhos verdes em cima de seu peito. Lucien ainda passava a mão pelos cabelos de Harry, que Lucien notou agora que era negros como obsidiana, os fios era bagunçado e com alguns cachos, mas também muito liso e sedoso.

Enquanto Lucien passava a mão pelos cabelos de Harry o menino acabou pegando no sono, tinha sido muitas emoções para apenas um dia, ele não estava acostumado com isso tudo, e duvidava que algum dia tivesse.

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