Psicologia reversa é o nome de uma técnica de persuasão, onde o objetivo pretendido é apresentado de modo contrário ao que realmente se deseja. Sasuke não hesita em pedir ajuda de Naruto, seu melhor amigo, pra testar o mito de que, quando não se est...
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Não sei se o clima tinha mesmo esfriado, ou se aquele arrepio tinha algum outro motivo. Mesmo assim, me encolhi mais dentro do casaco assim que coloquei os pés fora do bar e me encostei à parede, puxando a respiração profundamente.
Eu já havia dividido pelo menos três long necks com meus amigos, mas meus lábios ainda formigavam por outro motivo, e eu não conseguia fazer parar. Naruto simplesmente não parava de sorrir, e passou a puxar assunto com o resto dos rapazes. Eu nem mesmo podia questioná-lo ainda, já que não estávamos sozinhos.
Eu só precisava de um pouquinho de ar, de espaço. Era melhor sair e tentar esfriar a cabeça com o vento gelado que soprava do lado de fora.
— Perdido?
A voz de Yahiko se fez ouvir e eu não pude evitar o espanto. Automaticamente, arrumei a postura e lhe dirigi um sorriso fraco enquanto ele se apoiava à parede, ao meu lado.
— Só vim... Respirar.
— Hm, isso é bom. Continue respirando.
Yahiko deu um sorriso pequeno também e, por incrível que pareça, ficamos em silêncio pelos momentos seguintes. Uma parte minha queria muito começar uma conversa, aquela era minha chance, afinal; mas outra parte minha ainda estava completamente devastada pelo que tinha acontecido minutos antes.
Yahiko deixou um suspiro longo escapar, aparentemente perdido dentro da própria cabeça, exatamente como eu também estava. Observei-o pelo canto dos olhos, umedecendo os lábios antes de tentar desfazer aquele silêncio desconfortável.
— E você?
— Eu o que? — perguntou, confuso.
— Se perdeu? — Sorri um pouco, enquanto via seu rosto se tranquilizar.
— Um pouco, eu acho.
— Aconteceu algo?
— Eu acho que não.
— Você está achando muita coisa. Uau.
Yahiko sorriu mais uma vez, esticando os braços para frente e se acomodando melhor contra a parede.
— Você já se sentiu confuso sobre o que sentia? — perguntou aos sussurros.
Encarei-o diretamente, tentando desvendar o que aquela pergunta significava, mas ele parecia apenas genuinamente curioso. Dei de ombros antes de responder.
— Um monte de vezes. Toda vez que a gente sente algo novo e diferente, ficamos confusos, eu acho.