Capítulo quinze

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Existia todo um ritual para nossas maratonas de filmes

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Existia todo um ritual para nossas maratonas de filmes.

Com tudo perfeitamente arrumado devido a nossa faxina, nos restou preparar comida cheia de sódio e gordura, pegarmos cobertas no quarto, ajustarmos o climatizador de ar e prepararmos os filmes para não perdermos tempo demais entre o fim de um e o começo de outro.

Acordamos tarde naquele sábado, então apenas durante a tarde nós havíamos terminado toda a preparação necessária para o tal evento. Nos aconchegamos, colocando o primeiro filme da maratona para rolar, e focamos inteiramente nos lanches e na tela da TV.

Lá pela metade do segundo filme, nossa postura mais concentrada já tinha caído e estávamos deitados de um jeito esquisito no sofá. Metade do corpo de Naruto estava em cima da minha perna — que estava dormente — e os cabelos loiros curtos estavam entre os meus dedos enquanto eu acariciava de forma distraída.

Depois de uma das pausas que fizemos para ir ao banheiro, nossa posição mudou para uma um pouco mais confortável. Naruto se deitou e abriu os braços, esperando que eu me ajeitasse ali e eu obedeci, porque não tinha a menor condição de negar aquele abraço. O filme voltou a correr e nós voltamos a comentar apenas o que passava na tela, até que a tarde fosse embora.

Já estava escuro do lado de fora quando meus olhos começaram a pesar, mas não era sono. Estava apenas desfrutando de uma profunda preguiça, e ter os braços de Naruto ao meu redor, me mantendo aquecido, tornava tudo ainda melhor. Mas meu melhor amigo parecia estar mais desperto do que eu.

Suas mãos, antes paradas na altura da minha barriga naquela posição "conchinha", começaram a fazer uma carícia pela extensão do meu tórax de maneira, aparentemente, inocente. Uma de suas pernas se entrelaçou à minha, mas não houve nenhum grande alarde sobre isso. Estávamos apenas em um momento de carinho e isso não tinha nada de incomum, embora meu coração insistisse em reagir daquele jeito agitado — principalmente nos últimos dias.

— Você ainda tá acordado? — A voz baixa trouxe uma onda de calafrios me despertando do meu estado letárgico.

Um-hum — respondi, me remexendo um pouquinho para me arrumar naquela posição e tentar esconder o arrepio em minha pele.

— Achei que tinha caído no sono. — Ele ainda sussurrava. — Está tão quietinho.

— Estou prestando atenção no filme — revidei, sem olhar para ele.

— Hum.

Seu braço, que rodeava minha cintura, se apertou um pouco mais ao meu redor e sua respiração soprou contra minha nuca de forma absolutamente covarde.

— Você voltou a usar o shampoo de baunilha? — perguntou, me fazendo virar um pouco a cabeça.

— Sim.

— Ah, que bom. — Aproximou o rosto do meu couro cabeludo. — Eu gosto dele.

Não respondi. Apenas voltei a me aquietar enquanto a mão de Naruto continuava a correr pela minha barriga, indo até o peito e descendo novamente, primeiro até o umbigo e depois um pouco mais baixo, até quase chegar a minha virilha. Toda vez que ele chegava àquela base, meu corpo todo respondia e estava sendo realmente difícil me segurar.

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