Capítulo vinte

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Eu ainda não sabia dizer se o dia de sábado havia passado muito rápido ou muito devagar

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Eu ainda não sabia dizer se o dia de sábado havia passado muito rápido ou muito devagar.

Enquanto terminávamos de arrumar o apartamento para a tal surpresa de aniversário de namoro de Gaara e Lee, minha mente continuava vagando pelo que o Sabaku havia me contado na noite anterior.

Se eu decidisse "fazer as contas", imediatamente depois de descobrir sobre os meus sentimentos antigos — e duradouros —, Naruto decidiu que deveríamos tornar nossos beijos um hábito. Pouco tempo depois, evoluímos para a nossa rotina de sexo em todos os cômodos da casa, e eu não fazia a menor ideia do que aquilo realmente queria dizer.

De fato, se estava consciente do que eu sentia, ou do que eu poderia sentir, por que Naruto decidiu que era uma boa ideia me provocar e me dedicar aquele tipo de interação? Conseguia me lembrar quando havia me contado sobre gostar de um cara, e de ter cedido à curiosidade naquela festa com Kiba apenas para saber se seria estranho. No entanto, e como eu sempre repetia, foi só um beijo e uma festa, e aquilo nem ao menos deveria ter permanecido em sua memória depois daquele dia. Havia também confessado já ter ficado com o cara que ele queria, mas não chegou tão longe, visto que sua primeira experiência sexual havia sido comigo.

Então será que era isso? Naruto ainda tinha dúvidas para serem tiradas e achou que poderia tirar proveito da nossa situação?

Se ele tivesse apenas me pedido, talvez eu não me sentisse tão mal quanto aquele pensamento me fez sentir. Saber que ele tinha noção de que mexia comigo e por isso acreditou que eu cederia aos seus pedidos era um pensamento muito cruel, e eu não queria que minha mente me levasse por esse caminho, mas foi inevitável. Era apenas muito difícil para mim enxergar essa situação de uma forma positiva, porque a única opção que não faria de Naruto um perfeito idiota não poderia ser real.

Eu apenas não queria alimentar minhas esperanças de que ele simplesmente gostava de mim de volta.

Gaara estava esperando a chegada de Lee, então Juugo me ofereceu uma carona para casa, já que deixaria o apartamento para eles enquanto ficava junto de Kimimaro durante o final de semana. Aceitei sua oferta e depois de me despedir de Gaara — que apesar de animado, parecia preocupado comigo —, nosso caminho até a frente do meu prédio foi silencioso.

Juugo apertou o volante quando chegamos, notando que eu ainda permaneci no mesmo lugar, sem coragem de sair do carro. Me olhou, um tanto preocupado e bateu uma das mãos na minha perna, apertando-a para chamar a minha atenção.

— Sasuke — chamou, fazendo-me olhar pra ele — É só falar com ele. Deve haver alguma boa explicação.

— E se não houver? — perguntei, encarando-o de volta.

— Vai ter.

Mordi os lábios e suspirei, decidindo sair do carro de uma vez. Enquanto fazia meu caminho para dentro do prédio, me sentia sufocado com todas as suposições possíveis para validar os motivos de Naruto. E a única conclusão a qual eu chegava era que, provavelmente, eu sairia muito mais magoado dessa história do que estava pensando.

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