Capítulo sete

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A cozinha de Gaara e Juugo era pequena, e o único que conseguia perambular por lá sem problemas era o Sabaku

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A cozinha de Gaara e Juugo era pequena, e o único que conseguia perambular por lá sem problemas era o Sabaku. Eu estava sentado à bancada, vendo ele se erguer na ponta dos pés enquanto buscava algo nos armários de cima e dei uma risadinha. Adorava implicar com sua altura, mas a verdade era que Gaara era bastante fofo assim.

Ele, ainda por cima, vestia um avental branco que eu sabia ter sido um presente do Lee, e resmungou fazendo biquinho ao cozinhar. Juugo surgiu na cozinha logo em seguida, com os cabelos ainda úmidos pelo banho recente e, agora sim, estávamos prontos para comer.

Juugo pegou o celular por algum tempo, rindo para a tela como um bobo, e o silêncio estava começando a me incomodar.

— Nossas sextas já foram mais animadas — resmunguei.

Gaara me encarou, mexendo o conteúdo na panela e Juugo terminou de digitar, largando o celular em seguida.

— Achei que você ia nos liberar hoje — retrucou.

— Óbvio que não — devolvi, ofendido — As sextas são nossas, é só um dia, vocês namoram todos os outros dias da semana.

— É, mas eu achei que quando você arrumasse alguém, as regras iriam mudar.

Me remexi sobre o banco, porque aquele era um detalhe fácil de esquecer, mesmo sendo tão grande.

— Bobagem. E Naruto saiu também, então não faz diferença.

— Você está bem mesmo? — Gaara perguntou, trazendo um tom mais sério à conversa.

— Sim. — Dei de ombros. — Por que não estaria?

Ele arqueou uma sobrancelha finíssima e me encarou, porque eu já sabia a resposta. Mesmo que Juugo não tenha dito nada, eu sabia que ele também estava curioso.

Bem, creio que precisamos esclarecer algumas coisas aqui. Essa preocupação toda parece exagerada, mas tem um motivo.

Digamos que toda descoberta tem um ponto de partida, e o Sasuke de onze ou doze anos também precisou partir de algum lugar pra descobrir que, talvez, quisesse beijar rapazes na boca. E talvez, a boca carnuda de Naruto tenha sido o primeiro alvo.

É claro, eu era apenas um garoto e descobrir que sentia desejo pelo meu melhor amigo de todas as horas foi muito estranho. Nessa época, pouco antes de entrar no Ensino Médio, eu conheci Juugo e Gaara e, bem... me senti menos sozinho no que se referia a esses novos desejos.

Aliás, os dois me ajudaram a entender muito bem... Se é que me entendem.

Com o tempo, minha sexualidade foi esclarecida e meu desejo desenfreado foi devidamente superado. Tudo estava bem.

— Nós não estamos mais na escola, Gaara — emendei , ainda que ele não tivesse feito mais nenhuma pergunta.

— Você disse a mesma coisa antes de entrarmos na faculdade. — Juugo cutucou. — Mas, mesmo assim, surtou na festa do Shikamaru.

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