A canção de Gelo e Fogo

CAPÍTULO V.

Não demorei tanto né? Estava animada pra postar, queria ter postado mais cedo mas acho que agora é um bom horário, o capítulo de hoje não terá muito de ação e emoção infelizmente, mas o próximo terá mais casmund pra vocês♡.

Espero que gostem e boa leitura♡ adoro vocês.

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CAPÍTULO V.

Os dragões não parecem sentir o frio do inverno mas Edmundo sente que seus lábios racharam quando pousou no território de Telmar, ele já sabia o que o esperava mas não imaginou que pudesse atingi-lo tão forte mesmo usando um casaco de pelo acinzentado que cobria todo o seu corpo.

O momento em que chegaram a Telmar foi um ao qual Edmundo não se esqueceria tão cedo. Susana não tem o costume de montar em seu dragão a menos que seja altamente preciso e por isso foi em frente aos soldados narnianos montada em um cavalo branco e majestoso, sua pose ereta poderia assustar mas ela conseguia intercalar seu lado assustador com seus sorrisos gentis dados ao nortenhos que se reuniram em volta da cidade para observar a chegada de seus novos aliados.

Pedro como grande rei e protetor de Nárnia, não pôde comparecer ao encontro. Mesmo que ambos os reinos pudessem se comunicar por cartas, seria perigoso ter cartas indo e voltando por Telmar e Nárnia, o grande rei mandou os irmãos para avaliar o norte e formarem um plano concreto já que Edmundo costuma ser o estrategista em encontros diplomatas.

Edmundo não sabe bem qual foi a reação dos nortenhos a tudo isso, ele não pode definir se suas expressões eram de medo ou maravilhados, talvez ambos. Todos usavam casacos e toucas acobertados para o frio, muitos humildes e em volta soldados telmarinos garantindo a segurança de ambos os lados, Edmundo mesmo de longe pôde notar a forma como eles pareciam alerta para qualquer atitude violenta dos narnianos, mesmo que eles estejam aliados ainda sim Nárnia mantém sua fama de ser um reino repleto de seres selvagens e violentos, Edmundo não gosta dessa fama mas a aceita de braços abertos.

Telmar é um pouco diferente de Nárnia - para não dizer muito -, o chão coberto de neve branca não poderia se comparar ao gramado esverdeado de Nárnia mesmo no verão; as paredes e a ponte eram de pedras e um pouco apertadas pela grande locomoção, soldados telmarinos precisaram afastar alguns cidadãos para não atrapalhar a chegada de seu exército; as casas também eram feitas de pedras escuras; as pessoas não pareciam tão receptivas como Nárnia; e o lugar mesmo tendo um grande espaço em aberto ainda sim era apertado a ponto das pessoas precisarem se espremer para observar a chegada dos narnianos a sua terra, diferente de Nárnia que sempre teve grande espaço.

No momento Edmundo aceitou isso, talvez Caspian a mude quando for rei e estiverem separados de Calormânia. Pela forma como o príncipe anunciou seu relatório sobre as condições ao qual o outro reino fazia com os seus, era de se esperar que não vivessem na melhor das situações.

Mas o principal foi a forma como os outros chamaram a atenção dos telmarinos. Susana marchava pela terra, mas Edmundo e Lúcia sempre gostaram demais do seu espírito livre por entre as nuvens.

O grito estridente de Syrax foi o suficiente para chamar atenção dos telmarinos que antes estava nos soldados para o céu, obviamente eles não chegariam em um território desconhecido sem os seus dragões. Algumas pessoas gritaram e correram para o mais longe possível, outros congelaram de medo ou talvez maravilhados demais ao verem criaturas ao quais só ouviram falar em lendas.

Logo o céu acinzentado do norte foi encoberto de três criaturas de cores diferentes voando por suas cabeças. Syrax rugiu e voou rápido e alto; Meleys com sua cavaleira Lúcia começaram a brincar pelo ar; Edmundo vendo a forma como os talmarinos pareciam em transe sorriu pequeno e malicioso, em Dreamfyre ele voou baixo quase a cabeça dos nortenhos, o vento das asas de Dreamfyre fizeram os cabelos negros de Susana baterem em seu rosto atrapalhando a sua expressão gentil - ela o xingaria muito por isso -, de longe ele pôde ouvir a gargalhada de Lúcia.