Street Of Love - Percabeth

- Capítulo 8 -

Pov Annabeth

No momento, estou revirando meu guarda-roupa inteira atrás de uma roupa que seja ao menos decente para o almoço de hoje. Estou atrás ou de uma jardineira ou de um vestido. Porém, como é um almoço com a família do Percy, o que inclui a mãe dele – obviamente -, vou escolher a primeira opção. Peguei minha jardineira e uma blusa azul fazendo degradê com um tom verde-mar, me vesti e saí correndo para o banheiro pentear o cabelo. Penteei-o e fui correndo me despedir de Malcolm.

- Maninha! Você já está indo? – ele disse debruçado no encosto do sofá para poder me observar chegando perto da porta.

- Sim, meu amor. Mas eu não vou demorar muito. Eu prometo. – disse pegando a chave de casa no balcão da cozinha e saindo pela porta. – Te amo. – Fechei a porta logo em seguida. Ouvi um "também te amo" abafado.

Sai e reparei num carro azul escuro do lado de fora. Percy. Ele abriu a porta do banco do passageiro pela parte de dentro e eu entrei no carro.

- Bom dia, loira. – Cumprimentou enquanto deixava de me abraçar. – Pronta para conhecer o resto da minha família? – Perguntou dando partida no carro.

- Bom dia. Mais ou menos. – Respondi enquanto colocava o cinto.

- Fica de boa. Elas são legais. Não são alienígenas nem nada. Juro. – brincou.

- Nossa, que engraçado. – Ironizei.

- Daqui nós vamos direto para o aeroporto, ok? – assenti. – Meus pais estarão em casa com Estelle enquanto buscamos minhas irmãs.

- Ok. – Concordei. – Percy... Posso fazer uma pergunta?

- Claro.

- Como elas são suas irmãs sendo que sua mãe só tem você e a Estelle? – perguntei hesitante.

- Ah... – Ele suspirou. - Elas são frutos de traição. Uns quatro meses depois de eu nascer, meu pai voltou tarde para casa. Minha mãe estava o esperando na cozinha quando ele abriu a porta e entrou em casa. Minha mãe o viu com os lábios vermelhos e uma marca de batom no pescoço e na gola da camisa. Ela sofreu muito quando viu isso, mas não se deixou desabar na frente dele. Ela o questionou sobre e ele, pelo menos, foi honesto e disse a verdade. Ele tinha ido para uma balada e ficou com uma mulher chamada Anfitrite. Minha mãe não o perdoou e expulsou ele de casa. Um mês depois ela recebeu a notícia de que ele ia ter filhas gêmeas.

- Aí... nossa. Isso é triste. Como você ficou em relação a isso? – Perguntei meio hesitante.

- No começo eu chorava no quarto durante as noites, mas depois eu superei. Pelo menos, isso não estragou minha relação com minhas irmãs. – explicou.

- Entendi. – Digo e vejo que entramos num local fechado. – Chegamos?

- Sim. Me ajuda a achar uma vaga, por favor. – Pediu enquanto alternava o olhar entre o retrovisor e a frente.

- Claro. – Comecei a olhar para todos os lados em busca de uma vaga e avistei uma bem no canto do estacionamento. – Ali, Percy. – Disse apontando.

- Obrigada, Sabidinha. – Ele virou o carro em direção a vaga e estacionou. Saímos e fomos ao andar de desembarque esperar pelas irmãs dele. – Elas já saíram pelo horário. Devem estar na última bagagem. – Declarou. Aguardamos encostados na barra que dividia as pessoas que desembarcavam das que estavam lá de passagem.

Ficamos em silêncio até vermos duas cabeleiras pretas saindo da sala de embarque.

- Maninho! – disseram as duas em uníssono enquanto corriam na direção de Percy, enquanto o mesmo esperava de braços abertos. Me afastei um pouco dele, mas ele me puxou de volta e segurou minha mão enquanto o outro braço estava aberto. As meninas largaram a mochila um pouco atrás e abraçaram o Percy. A felicidade deles estava estampada na cara.