Street Of Love - Percabeth

- Capítulo 1 -

Pov Annabeth

- Vamos, Malcolm, já estamos atrasados – digo, na porta do quarto do meu irmão

Ah, espera, me desculpem, deixem eu me apresentar, meu nome é Annabeth Chase – Annie para os íntimos -, tenho 24 anos e moro em NY com a minha mãe e o meu irmão. Infelizmente, ainda não consegui ir morar sozinha. Olhe, não me entenda mal, eu até gosto de morar aqui, mas... digamos que eu não tenho uma relação muito boa com a minha mãe, eu só estou aqui por causa do meu irmão. Não sou tão louca a ponto de deixá-lo com a minha mãe, eu o amo muito.

- Eu não estou achando meu livro de artes – falou Malcolm com o corpo curvado sobre a gaveta de sua escrivaninha -, me ajuda por favor, maninha?

Esse é meu irmão, Malcolm Chase. Ele tem 6 anos e é muito Pitico... já citei que amo esse pestinha?

- Tá bom, Malcolm. – me agacho em frente a escrivaninha dele procurando dentro do armário enquanto ele prossegue olhando dentro das gavetas – Aqui, achei. – me levanto, com o livro na mão e bagunçando o cabelo do mini loiro.

Coloco o livro dentro de sua mochila, que estava deitada em cima da cama dele.

- Agora vamos – coloco a mochila no ombro e sigo porta a fora. Chegando na porta do hall de entrada, passo os olhos pela estante no canto da porta, procurando pela chave de casa. Encontro-a e abro a porta, dando espaço para Malcolm – que estava logo atrás de mim -, sair.

Chegando na garagem, destranquei o carro e abri a porta do banco traseiro para colocar Malcolm na cadeirinha. Joguei a mochila dele no banco do passageiro e fechei a porta, me direcionando à porta do motorista.

Entrei no carro e tirei-o da garagem, indo a caminho da escolinha de Malcolm.

Após uns 8 minutos, chegamos aonde meu irmão estuda. Peguei sua mochila no banco do passageiro e, logo em seguida, sai do carro para abrir a porta dele e tirá-lo da cadeirinha.

- Tchau, maninho – digo, levando-o à caminho da entrada da escolinha.

- Tchau, maninha. Te amo – disse Malcolm. Eu sei que já ouvi ele falando essas duas palavrinhas um milhão de vezes, mas... meus olhos sempre se enchem de lágrimas assim que ouço elas.

- Eu também te amo, meu anjinho. – Dou um beijo na cabecinha dele e o observo entrando, junto de alguns amiguinhos que ele encontrou quando se aproximou do portão.

Caminho de volta ao carro e entro, dirigindo em direção à Chase Architektoniki, a empresa de arquitetura da minha mãe. No caminho, coloquei minha playlist para tocar e cantarolei até chegar à empresa, o que não demorou muito por causa da música, que fez o tempo passar mais rápido.

Cheguei e falei com a secretária, que é muito minha amiga – e a única pessoa que eu gosto dentro dessa empresa.

- Oi, Hazel. Tudo bem? – digo, me aproximando do balcão.

- Oi, Annie. Estou ótima e você? – diz, tirando os olhos da papelada que estava em sua frente e colocando-os em mim.

- Na medida do possível. Tenho algo marcado para hoje?

- Hm, quase certeza de que não, mas deixe-me checar sua agenda. – diz, girando a cadeira e pegando minha agenda na gaveta à sua direita. – Não tem mesmo.

- Ótimo, então só tenho que terminar a planta daquele chalé no Estreito de Long Island. Obrigada, Hazel.

- Espera, Annie – diz assim que me vê fazer menção de afastar-me

- O que foi, Hazz? – digo, girando meu corpo em sua direção e voltando meus olhos a ela

- Quer ir a um bar hoje comigo e o resto da galera? – diz, apoiando os cotovelos na mesa e entrelaçando os dedos enquanto apoiava a cabeça neles.

- Hm... Que horas? – inclino um pouco a cabeça para o lado

- Assim que acabar nosso expediente – sorri logo após terminar a frase.

- Vou ver – digo, acenando e indo em direção à minha sala.

Chego no final do corredor e aperto o botão do elevador. Aguardo por um tempo pois, se existe algo que consegue ser mais lento que uma lesma, é esse elevador.

Depois de séculos, ele finamente apita, anunciando sua chegada no 1º andar. Entro e dou um suspiro aliviado, notando que estava sozinha lá dentro.

Assim que o elevador fecha as portas, pego o celular para ver se alguém da escolinha de Malcolm havia me mandado mensagem.

Nada.

O elevador apitou, e eu vi que tinha chegado no segundo andar. As portas se abriram e eu segui até o final do corredor, chegando em meu escritório. Abro a porta e a fecho em seguida, indo em direção à minha mesa. Sento-me na cadeira e abro o computador, em seguida, abro o design do chalé do Estreito de Long Island e volto a terminá-lo.

Um tempo depois, minha barriga começa a roncar de fome e noto que estava na minha hora do almoço. Me levanto e faço todo o bendito percurso até a secretaria. Saio pela porta e vou à uma cafeteria que tem perto da empresa.

No meio da última faixa de pedestre que eu tinha de cruzar até chegar na cafeteria, sinto uma pancada muito forte em minhas pernas e não vejo mais nada. Preto. Somente preto.