Twisted

surrender

antes tarde que mais tarde né mores!!
aproveitem.
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Não contei os minutos, muito menos os segundos que demoramos para entrar no elevador de meu prédio. Após nosso beijo, Karla Camila pediu para que eu me comportasse até chegar em meu apartamento, eu obedeci.

Meu corpo ardia ao lado do seu dentro da caixa metálica, minha respiração ainda estava ofegante e sentia minha mão suar em ansiedade para estar sozinha com ela dentro de minha casa mais uma vez.

Mas o que mais me atormentava a cabeça era o conteúdo guardado dentro da bolsa preta, cuja alça repousava em seu ombro esquerdo. Eu sabia muito bem o que me esperava. Havíamos planejado aquele momento desde quando fui visitá-la em San Francisco. Quando as portas do elevador se abriram, Karla Camila não disse nada, apenas seguiu em direção ao meu quarto, caminho que agora era conhecido por ela.

Os nós dos meus dedos da mão estavam doloridos, tamanha era a força que eu fazia para manter minhas mãos fechadas e longe dela. Caminhei ao lado da modelo, Camila parou ao lado da porta do quarto, repousou a bolsa no chão e finalmente pousou os olhos em mim.

Estavam em chamas.

E eu tinha certeza que não estava diferente.

– Palavra de segurança? – Sua voz rouca invadiu meu espaço e ela se aproximou de mim. Seus dedos longos tocaram meu queixo, elevando meu olhar até o seu. Estava com dificuldade de desviar o olhar do bodychain brilhando por baixo do blazer. – Lauren? – Sua voz me tirou dos devaneios e pisquei algumas vezes para realmente focar o olhar.

– Acho que podemos seguir com o tradicional. Se eu disser para você parar, você para. Nada mais. – Respondi de forma firme e ela assentiu.

– Certo, entre.

Abri a porta do quarto e respirei fundo, já sentindo a ansiedade tomar meu corpo mais uma vez. Eu nunca havia sentido tanta expectativa para estar com alguém e talvez fosse isso o que me deixasse intrigada pela modelo. Ela queria me mostrar coisas novas e eu queria aprender.

Camila fechou a porta atrás de nós e deixou a bolsa ao lado da cama. A modelo tocou o interruptor e acionou a luz mais fraca para que pudéssemos olhar uma para a outra. Senti o calor de seu corpo em minhas costas, seus dedos moveram meu cabelo para o ombro e seus lábios quentes tocaram meu pescoço, arrepiando todos os pelos de meu corpo. Quase gemi com o contato. Sua mão habilidosa tocou minha cintura e apertou todo meu corpo até chegar na barra de meu vestido.

A modelo depositou beijos molhados em meu pescoço e em meu maxilar, levei meus braços para trás na tentativa de ter um contato maior, mas suas mãos seguraram as minhas, mantendo-as no lugar.

– Você pode falar comigo durante todo o processo, Lauren. – Sua voz rouca atingiu meus ouvidos mais uma vez, seus lábios roçaram em minha orelha e senti minha calcinha encharcar mais ainda. Ela parecia se deliciar com a pronúncia de meu nome. – Você pode falar, pode gemer, mas hoje quem vai te tocar sou eu.

– Camila... – Pronunciei seu nome de forma manhosa quando a modelo mordeu meu pescoço. Com uma habilidade até então desconhecida por mim, Camila me virou e finalmente beijou meus lábios. A modelo serpenteou a língua em minha boca e me fez suspirar enquanto eu derretia em seus braços ao sentir suas mãos apertando as partes mais sensíveis do meu corpo.

Os dedos longos subiram meu vestido até a altura de meus seios, então a modelo se afastou e passou a peça por minha cabeça, jogando-a em um canto qualquer. Quando me beijou novamente, senti que havia algo diferente. O aperto de sua mão em minha nuca e a intensidade com a qual apertava seus lábios nos meus era maior. Era puro desespero. Quando levei minhas mãos ao seu corpo novamente, a modelo se afastou e negou com a cabeça.