san francisco

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Como o combinado com Alejandro, às sete, em ponto, eu já estava no elevador, descendo para encontrar quem quer que fosse que viria me buscar. Ajeitei meus cabelos sobre os ombros e apertei o cachecol no pescoço, fazia frio aquela manhã.

Olhei para a pequena bagagem ao meu lado e listei mentalmente todas as coisas que eu precisava, conferindo se não havia esquecido nada. Tudo aqui.

Não escondi minha surpresa ao encontrar Richard me esperando em uma das poltronas da portaria. Assim que me viu ele acenou com a cabeça e caminhou até mim, estendendo a mão para pegar minha bagagem.

– Obrigada, Richard.

Se o acompanhante de Camila estava me levando até o aeroporto, isso significava que ela estava sozinha com a irmã em San Francisco.

Um ponto a ser analisado.

O homem engravatado abriu a porta do enorme Chrysler 300 C preto e eu agradeci antes de me acomodar no banco de couro. Enquanto seguíamos para o aeroporto, eu não pude deixar de pensar em todos os porquês de Camila estar desacompanhada em uma cidade. Não que ela não fosse uma pessoa capaz, mas a modelo não estava em seu mais perfeito estado mental.

Talvez Alejandro tenha feito isso como uma forma de demonstrar confiança na jovem, dando a ela mais uma chance para mudar. Em minha análise, Camila não precisava disso. Era notável o quanto a mulher evoluiu nos últimos tempos, sem falar na responsabilidade que ela vinha demonstrando. E eu acreditava que o acidente que a colocou no hospital não era sua culpa. Eu sabia que não.

Exatos quarenta e oito minutos depois, Richard já estacionava em uma das vagas privilegiadas do aeroporto. O homem pegou minha mala no bagageiro e abriu a porta traseira para me auxiliar a deixar o carro. Caminhamos entre as pessoas até uma porta, que levava a um corredor e depois viramos a esquerda, saindo direto nos portões de embarque.

Richard me guiou até uma escada e logo estávamos na pista. Um outro homem perfeitamente uniformizado nos esperava em frente a um jatinho.

– Bom dia, Dra. Jauregui. Sou Andrew, serei seu piloto até San Francisco. – O homem sorriu de forma gentil e eu apertei sua mão.

– Bom dia, Andrew. Espero que seja uma boa viagem.

O piloto pegou minha bagagem das mãos de Richard e apontou para a escada. Rapidamente subi os degraus e fiz meu caminho para dentro daquele ambiente luxuoso.

Andrew me instruiu com o cinto e eu rapidamente me acomodei na poltrona, fazendo o que o piloto pediu. Ele guardou minha bagagem em um compartimento em frente ao meu assento e se despediu, entrando pela porta da cabine e me deixando só.

Respirei fundo e encarei o aeroporto pela janela a minha direita. Eu estava prestes a fazer uma loucura. Recostei-me na poltrona e senti meus olhos pesarem quando o cansaço tomou conta de mim. Eu não consegui dormir durante a noite, estava ansiosa em encontrar Camila. Aproveitei que a viagem seria longa e entreguei meu corpo a um sono profundo.

"– Amor, mas você vai assim? – James perguntou quando cheguei na sala. Iríamos em uma das festas mensais de sua construtora e eu estava animada por encontrar Dinah.

– Qual o problema? – Perguntei olhando minha roupa, procurando algum defeito. Eu usava um vestido vermelho escuro, que terminava um pouco acima de minhas coxas e tinha um decote em formato V.

– Bom, é que está frio, não é? Talvez você devesse se cobrir um pouco mais. – Deu de ombros. Estava mesmo fazendo frio naquela noite.

TwistedOnde histórias criam vida. Descubra agora