Intimidades noturnas

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As vezes me pego pensando nas noites naquele castelo, me recordo de cada uma delas com saudade, o começo de nosso relacionamento, o começo de nosso amor. 


A noite caía como um véu escuro sobre o nosso castelo, e eu me encontrei nos aposentos privados, onde a penumbra dançava com as chamas das velas. Radu, meu senhor e amante, estava ali, sua presença imortal preenchendo o espaço como uma promessa de eternidade.

"Annya," murmurou ele, os olhos imortais fixos nos meus. "Nesta noite, cada sombra é testemunha do nosso amor."

Aproximei-me dele, sentindo a proximidade do seu corpo frio. Nossos olhares se encontraram como estrelas cintilando na escuridão. "Radu, cada noite contigo é uma celebração da nossa imortalidade. Cada toque, uma promessa que se estende além do tempo."

Ele estendeu a mão, e eu a aceitei com um sorriso. Cada contato era uma faísca que acendia a chama do nosso desejo. Os nossos dedos entrelaçaram-se, e eu pude sentir a pulsação da sua energia vampírica.

"Que esta noite seja nossa, Annya," disse ele, seus lábios roçando suavemente no meu pescoço. "Que os nossos suspiros ecoem nos corredores do castelo como uma canção de amor imortal."

Suas presas não tardaram a perfurar minha pele, sugando meu sangue porém injetando o desejo que inundava meu corpo de um calor erotico. As roupas logo caíram ao chão, nossas peles coladas pela ansiedade e saudade. Os murmúrios da noite se tornaram a trilha sonora da nossa intimidade. Cada carícia, cada palavra sussurrada, criava um vínculo que transcendia as limitações da mortalidade. Sob a luz das velas, nós éramos amantes na dança eterna da noite, onde o tempo se perdia nas sombras da paixão compartilhada. Ele era meu e eu era dele. Sua condessa, sua rainha.

Seus olhos azuis cristalinos como as neves do inverno, me avaliavam o tempo todo como se gravasse cada movimento meu, cada reação. Me conhecendo, estudando. Como se nunca fosse o suficiente para ele, talvez a própria eternidade não seja suficiente.

Nossos corpos entrelaçados, as promessas trocadas em suspiros silenciosos, criavam uma sinfonia única que reverberava pelas paredes do castelo. E assim, naquela noite eterna, eu me perdi nos braços de Radu, meu senhor, meu amado, sabendo que nosso amor era imortal, assim como nós mesmos. 

Diário de Annya Katerina de BorgonhaOnde histórias criam vida. Descubra agora