Corredores do castelo

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Vaguei pelos corredores sombrios do castelo, descalça, meu vestido de seda negra deslizando como sombras fluindo à minha volta. A luz tênue das tochas delineava a palidez da minha pele e realçava o brilho intenso nos meus olhos. Meu vestido acariciava suavemente o chão frio enquanto eu subia uma escadaria de pedra, uma presença etérea imersa na quietude ancestral.

O murmúrio suave do castelo, uma sinfonia de séculos passados, acompanhava cada passo que eu dava. Minhas pisadas descalças na escada de pedra ressoavam suavemente, ecoando através das paredes antigas. Ao entrar numa galeria, me deparei com um retrato ancestral. Meus dedos percorreram delicadamente os contornos dourados, mergulhando nas histórias entrelaçadas que se desdobravam diante de mim.

A brisa noturna sussurrava segredos através das frestas das janelas, e eu, envolta em meu vestido negro, sentia-me uma testemunha silenciosa de eras passadas. A lua, espiando por uma janela entre as cortinas, lançava um brilho prateado sobre mim, como se me incentivasse a continuar minha exploração noturna pelos recantos secretos do castelo.

À medida que eu caminhava pelos corredores, encontrava a sacada que se abria para os jardins. Sob a luz da lua, entreguei-me a um momento de contemplação, sentindo a energia do castelo pulsar ao meu redor, como se as próprias pedras sussurrassem segredos de um passado imemorial.

Foi então que, ao continuar minha jornada, adentrei a majestosa sala do trono. E ali, à luz das tochas e sombras, encontrei Radu, meu senhor e amante, esperando como uma figura imponente. Seus olhos, repletos de séculos de sabedoria, encontraram os meus, e em seu olhar, descobri a promessa de uma eternidade compartilhada.

Radu permaneceu na sala do trono, uma figura de autoridade entre as sombras. Seus olhos, repletos de séculos de sabedoria, encontraram os meus, e em seu olhar, descobri a promessa de uma eternidade compartilhada.

"Annya," disse ele, sua voz ecoando nas paredes de pedra, "cada passo que tu dás por este castelo é como uma dança que ressoa através dos corredores do tempo. O próprio castelo parece acolher-te, reconhecendo a herdeira da sua história."

Sorri, o vestido negro rodopiando suavemente enquanto me aproximava dele. "Este castelo é mais do que pedras antigas, meu senhor. Cada sombra conta uma história, e cada história é uma peça do que construímos juntos."

Radu estendeu a mão, e eu a aceitei com graciosidade, nossos dedos se entrelaçando. "Nossa história transcende o tempo, Annya. Tu és mais do que uma condessa; és a guardiã da nossa eternidade. Juntos, somos os arquitetos deste reinado que perdura na noite."

Conduziu-me em direção ao trono, e, diante dele, paramos. "Que cada decisão que tomemos aqui seja guiada pela força do nosso amor e pela sabedoria dos séculos que partilhamos."

Olhei para ele com admiração, capturando o calor eterno nos seus olhos imortais. "Assim será, meu senhor. Nossa jornada não é apenas através dos corredores deste castelo, mas através das eras que ainda nos esperam."

A sala do trono, com suas sombras acolhedoras e promessas entrelaçadas, testemunhava a continuidade da história de Bistritz, uma história que, agora, Annya e Radu moldariam juntos na noite sem fim.

À luz das tochas que lançavam uma luminosidade suave sobre nós, Radu e eu compartilhávamos um olhar cúmplice, nossas mãos entrelaçadas como testemunhas do nosso laço imortal.

"Annya," ele murmurou, sua voz como um sussurro íntimo na noite, "cada decisão que tomamos aqui reflete não apenas nossa história, mas a promessa de um amor que transcende a própria eternidade."

Respondi com um sorriso, os raios da lua infiltrando-se pela janela e refletindo no brilho intenso dos seus olhos. "Nosso amor é uma dança eterna, meu senhor, uma sinfonia que ecoa através das eras. Cada momento que compartilhamos neste castelo é uma nota nessa melodia imortal."

Radu acariciou suavemente meu rosto, um gesto carregado de séculos de ternura. "Que a noite seja nossa testemunha, Annya. Que cada sombra destas paredes celebre o amor que construímos, uma chama que arde em nossos corações imortais."

A proximidade entre nós se intensificou, e nossos lábios se encontraram em um beijo que transcendia o tempo. O calor da paixão vampírica se entrelaçava com a suavidade do toque, criando uma harmonia que ecoava pela sala do trono.

Enquanto nos afastávamos, os olhares trocados eram mais do que palavras. Eram promessas de uma conexão que permaneceria forte, apesar das eras que se desdobravam diante de nós. Na sala do trono, em meio a sombras e promessas, selamos mais uma página da nossa história eterna.

Diário de Annya Katerina de BorgonhaOnde histórias criam vida. Descubra agora