Capítulo 11

441 63 7
                                    

Pires

Vejo que ja tá de madrugada e nada na Nalu, Aruna deve tá no quinto sono, continuo ligando pra ela sem parar e eu andando de um lado pro outro na sala, até escutar o barulho da porta se abrindo.

Vejo o loirao entrando me olhando e engolindo em seco, reparo nas marcas de unha e mão que ela tem no pescoço, vejo o cabelo loiro dela toda bagunçado.

Pires: Cadê a Nalu? - pergunto vendo ela desviar o olhar e estalo a língua no céu da boca - bora Aruna, solta a voz porque tudo que uma faz a outra sabe.

Aruna: tá na minha mãe.. - ela fala com a voz vacilando e eu estreito os olhos pra ela vendo ela mordendo a bucheda por dentto. - espera.. - ela fala quando eu pego o celular pra ligar pra lavínia - olha espera ela chega.

Largo o celular encima do soda e levanto indo na direção dela, seguro no maxilar da mesma fazendo ela olhar dentto da minha cara.

Pires: pra começar.. que porra de cheiro de sexo e esse, misturado com o perfume da minha filha Aruna - peegunto olhando dentro do olho dela, desviando pro esquerdo e depois pro direito - me responde, ou um chamado no rádio eu descubro.

Aruna: porra eu não sei mentir - ela engole em seco tentando se solta e eu seguro fom mais força - ta machucando Pires...

Pires: e pra machucar mesmo, tava dando pra quem? Já não basta os boatos que rodam a porra da penha toda que você passou na mão de cada vapor do seu pai agora quer fazer o nemso no alemão? - pergunto sentindo meu coração bater mais forre no peito quando eu vejo ela engor em seco e os olhos enchendo de lágrimas, até a primeira escorrer.. - se fuder também..

Solto o rosto dela vendo ela vira de costa tentando conter as lágrimas que cai dos olhos dela, sem dizer mais nada ela sobe as escadas correndo com celular dela não.

E uma buceta mesmo, pego meu rádio chamando o espeto mais nada dele atender, subo pro meu terraço na intenção de queimar um fino, tendo a visão da minha favela.

Posso ter pegado pesado nas palavras, mais porra custava me falar a merda da verdade? Que ela tava dando pra alguém tava nítido, cheiro de sexo, arranhão no pescoço, cabelo bagunçado, agora porque ela tá com o cheiro da minha filha no corpo que não tá batendo.

Escuto alguma coisa quebrar dentro do quato dela mais nem ligo, fico ali vendo o dia amanhecendo, e quando da por volta das sete da manhã vejo a Nalu chegando com o cabelo molhado e os salto na mão.

Sempre fui liberal, liberal pra caralho, mais odeio que me esconda as cosias, não precisava falar com quem tava mais custava avisar que tava bem? Que tava viva.

Desco rápido pra esperar ela no sofá, e alguns minutos depois ela abre a porta da sala com a cara mais lavada do mundo.

Pires: da próxima vez, que tu sair sem avisar, pelo menos lembra deixar uma mensagem falando que ia passa a noite dando igual uma vagabunda, porque eu me preocupo com você - comeco falando e acabar me exaltando, ela me olha com a sombracelha franzida e os olhos arregalados - não ligo de tu viver a porra da tua vida nalu, eu já fiz merda pra caralho em 39 anos, mais avisa, tenho um milhão de inimigo fora a polícia que são doido pra por a mão em você, você me sai, o capeta da sua amiguinha me sai também,  ainda me chega no meio da madrugada, fedendo a sexo, já avisei ela que se for pra ela passar o rodo no alemão inteiro igual fez com a penha e melhor volta pra lá.

Nalu: você oque? - ela pergunta com os olhos arregalados e eu dou de ombros vendo ela largar o solto e começar subir os degraus correndo mais para se virando e falando pra mim - eu te respeito pra cacete, mais se alguma coisa acontecer com ela você esquece que tem filha Rafael .

°°°
1/5

Não sintam ódio do Pires hein?
Ele é um pai que carrega meio mundo mas costa com medo de ter acontecido algo com a filha dele.

E o ciúmes da Aruna presente também.. então relevem esse macho bravooo

Sexy Symbol | DEGUSTAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora