Capitulo XXXIV

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— Bella? O que aconteceu? O que você está vendo? — Aland tentou seguir o meu olhar, e estremeceu quando reconheceu o meio-irmão que tirou dele dez anos de vida.

Comecei a andar rápido pela multidão em direção ao forte, sem olhar para trás. Eu não estava ficando louca. Se estivesse, não importava. Era Harry. Eu tinha certeza que era ele. O reconheceria em qualquer lugar do mundo.

— De maneira alguma eu vou te deixar entrar lá. — Aland me puxou pelo braço antes que eu entrasse de uma vez. — Eu também sinto a mesma raiva que você, mas não é agindo de forma imprudente que vamos conseguir chegar até Arthur.

— Eu não estou aqui por causa dele.

Aland me encarou, confuso.

— Não estou entendendo.

— Senhor, boa noite. — o ignorei, andando até o guarda na porta. — Por favor, eu gostaria de falar com um dos guardas.

— Não é permitido retirar nenhum de nós do local de trabalho, senhorita. — o homem gordo, alto e forte disse, com uma voz tão firme que teria me amedrontado se eu já não tivesse por pessoas piores.

— É urgente, eu sou... da família. — senti meus olhos cheios de lágrimas sinceras, porque eu estava nervosa. O homem, sem entender nada, pareceu se comover, o que foi uma coisa boa.

— Qual é o nome?

— Harry. — engoli em seco. — Tem um guarda aí chamado Harry, não tem?

Senti meu corpo suar. Aland ficou estático ao meu lado, parecendo lutar para encaixar tudo aos poucos. O homem assentiu.

— Sim. — ele abriu a porta e chamou outro homem. — Zack, chame o Harry. Diga que... — ele me olhou de novo. — Qual é o vosso nome?

Aland me lançou um olhar firme, como se dissesse que revelar o meu nome aos guardas de Arthur não seria o mais sensato.

— Estrela. — respondi, com o coração na mão. Harry saberia. Ele saberia que era eu. Era algo nosso. Apenas nosso. Só ele me chamava assim.

— Diga que uma moça chamada Estrela está o esperando aqui fora.

— Sim, senhor. — o guarda assentiu, parecendo subir as escadas.

Aland me puxou de lado, e falou baixo em meu ouvido.

— Bella, o que está fazendo?

— É ele, Aland. Eu o vi. Tenho certeza. Ele está vivo, não sei como e nem sei porque ele está aqui, mas eu sei o que vi!

Senti minhas mãos trêmulas, e recebi mais um olhar de pena. Ele não acreditava.

— Eu vou te provar. Ele vai vir.

— Se for mesmo o seu ex-marido, o que ele está fazendo com Arthur?

— Eu não sei!

Tudo parecia uma completa loucura agora, mas não importava. Ele iria me explicar.

— Moça! — o guarda me chamou. Andei rápido de volta, sentindo o meu peito tão apertado que pensei que fosse sufocar.

Quando cheguei, no entanto, não tinha nada além de uma porta fechada.

— Onde ele está?

— Sinto muito, senhorita, Harry disse que não conhece nenhuma dama chamada Estrela.

Uma dor forte me invadiu. Ele saberia. O meu Harry saberia.

— Tente de novo, talvez ele não tenha escutado direito.

Insensato AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora