Capítulo VIII

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O silêncio dele não durou por muito tempo. Quando chegamos em casa, começamos a brigar.

Ele entrou em meu quarto e, para o meu completo horror, se deitou na minha cama com as botas sujas de terra. Na minha cama. A cama que eu havia forrado com meus belos lençóis de seda.

Lençóis limpos!

— É bom o senhor se levantar daí agora!

— Quer saber? Já que você toma as próprias decisões unicamente de acordo com a sua vontade, então, eu também agirei da mesma forma. — ele cruzou os braços para trás, em meu belo travesseiro.

Inspirei profundamente.

— Eu vou lhe dar uma última chance, Duque. O que pensa que está fazendo?

— Deitando confortavelmente em minha própria cama. Eu estou cansado de dormir no chão duro e frio da sala.

— Se sente frio acenda a lareira! Não deite em minha cama. — me sentei ao lado dele e tentei empurrá-lo.

— Só há um detalhe que você esqueceu, meu bem. — ele se aproximou da minha boca e sorriu, em provocação. — A cama é minha.

Ele se deitou e virou pro outro lado, fazendo a cama pesar.

— Eu não aceito isso! — gritei, inutilmente.

Ele não respondeu.

Eu tentei de tudo. Empurrar, brigar, parar enfurecida e esperar que ele desistisse. Nada resolveu. Harry se espalhou na cama e começou a roncar. Eu quis chorar. Havia sobrado um mínimo espaço na cama.
Eu tinha duas opções: me encaixar naquele espaço ou dormir no chão.

Escolhendo a segunda opção, vi que harry estava certo e o chão, realmente, era duro e frio, mesmo que a minha coberta fosse bastante quente. Então, sem ter mais escolha, me acomodei ao lado dele, sentindo todo o meu orgulho e dignidade desmoronar, e dormi.

 Então, sem ter mais escolha, me acomodei ao lado dele, sentindo todo o meu orgulho e dignidade desmoronar, e dormi

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Meus olhos se abriram aos poucos, conforme eu sentia meu corpo aquecido e o meu nariz pousado sobre alguém. O cheiro era de sândalo, âmbar e couro. Eu nunca havia dormido tão bem. Minhas pernas estavam entrelaçadas...

Arregalei os olhos, vendo Harry me olhar. Eu estava, literalmente, cheirando ele.
Não!

— Teve uma boa noite de sono, meu bem? — ele sorriu, se divertindo com o meu desespero. Saí da cama desesperada.

— Foi a pior noite que já tive.

— Mentirosa. — ele se levantou e andou em minha direção, com a camisa praticamente aberta. — Foi uma noite interessante para mim também. Seu cabelo cheira a cereja.

— Não estou mentindo. Você ronca. — me afastei dele o mais rápido possível, sentindo minhas pernas ainda fracas por eu ainda ter acabado de acordar.

Insensato AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora