George
"O espaço debaixo das arquibancadas era meu esconderijo, ninguém ia ali, era o melhor lugar para se esconder de Paul e Scott. Aquele era meu lugar, onde eu ficava em paz na maioria das vezes, nas outras eu só me sentia sozinho. "
— Registrado por George Baker em seu livro.
Meus olhos estavam pesados, acordar nunca foi tão difícil, mas o toque insistente do meu celular não entenderia isso. Tateei o lençol procurando o maldito aparelho, fracassei e desisti da ideia, estava exausto e só a ideia de me levantar era cansativa.
Eu era o único a pensar assim, algo se remexeu na cama e o som logo sumiu, agradeci mentalmente até entender o que estava acontecendo.
— Rick? — A voz de Megan saiu rouca e fechei os olhos com força para evitar abri-los e ter que encará-la.
Ela atendeu o meu celular, não deixei de notar que ela o chamou de Rick e não de Richie, ela trocou a forma como falava o nome dele sem perceber há um tempo, como se tivesse pegado uma mania minha, nada mais justo já que peguei diversas dela.
— Sim, ele está na minha casa. Ele simplesmente foi embora e não te avisou? Deve ter esquecido, mas relaxa, ele está aqui.
Megan enrolou seus dedos nas mechas do meu cabelo e me mantive imóvel. Eles escorregaram para meu rosto, avaliando o machucado e, quando finalmente pensei que poderia voltar a respirar, ela desceu a mão por meu pescoço e não parou ali, nem se retraiu em usar as unhas.
Minha barriga contraiu com os círculos que ela fazia próximo do meu umbigo e arregalei os olhos quando eles desceram alguns centímetros. Demorei a me acostumar com a luz do ambiente, mas o sorriso de Megan, de quem tinha me pegado no pulo, era bem visível, desviei o olhar envergonhado, mas ele não foi muito longe. A mão dela ainda continuava em mim.
— Ele está no banheiro agora, mas não deve demorar, quer esperar? Ok, digo a ele. — Ela desligou e jogou o celular em algum canto da cama. — Rick estava preocupado com você, esqueceu de avisar a ele que ia embora sem ele, ele ficou louco quando você não atendeu as últimas três ligações e ligou para sua mãe.
Droga.
Enfiei meu rosto no travesseiro, resmungando, teria que voltar para casa e me explicar. Megan apertou meu ombro em consolo, mas a única coisa em que consegui focar foi na ardência na minha pele quando ela arrastou a mão como uma forma de conforto.
Os machucados deixados por Scott não foram nessa região, outra coisa deixou minha pele machucada, as unhas de Megan. Minhas costas tencionaram sob sua mão, eu ainda estava pelado na cama de Megan.
Eu beijei a Megan depois de dizer que não podíamos mais fazer isso e eu ainda tinha transado com ela.
Sentei abruptamente, percebendo finalmente onde eu estava, notando meu estado, puxei o lençol para esconder minha cintura, já era horrível eu ter deitado de bruços, dando-lhe a visão da minha bunda.
Megan estava bem confortável na cama me observando, ela usava minha camisa e não deixei de reparar que, como ela era alta, o tecido quase não a cobria, suas pernas longas estavam completamente expostas, levei muito tempo olhando e ela não escondeu o sorriso.
O sorriso que causava reações que não deveriam.
Desviei o olhar procurando qualquer pista do que eu deveria fazer agora e encontrei meu casaco jogado em um canto do quarto.
Roupas. Eu precisava das minhas roupas.
— Preciso ir, minha mãe vai me matar.
Agarrei o lençol e me levantei, ouvindo-a rir baixinho atrás de mim, ignorei.
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Uma Garota Perfeita Pra Mim [CONCLUÍDO]
RomanceGeorge Baker é um completo desastre. Entre a dificuldade em se aproximar da garota dos seus sonhos e o bullying constante que enfrenta, a última coisa que ele esperava era ter que conviver com Megan Cosette, a garota com péssima fama pela escola e a...