Capítulo 7

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O carro avançava pela estrada por longos minutos enquanto todos procuravam por algo parecido com uma farmácia naquela cidade deserta. Freen estava preocupada, Becky tremia em seus braços. A loira tentava fazer com que a menor bebesse um gole de água, porém a morena parecia nem se mexer.

Tee sugeriu deitar Becky no chão e dar espaço para que o vento resfriasse seu corpo enquanto pressionavam uma toalha com água fria em sua testa. E assim eles fizeram tentando a todo custo abaixar a temperatura do corpo da morena.

- Ali! - Heng gritou e apontou para uma construção na esquina de um quarteirão. No letreiro já danificado, no topo da parede, estava escrito "Farmácia 24 hrs". Nan estacionou.

Heng e Yuki ficaram cuidando de Becky enquanto Freen, Kate e Tee desceram em busca da medicação.

O trio adentrou o local e se impressionaram com a organização. Não aparentava ter sido arrombado ou invadido, permanecia tudo em seu devido lugar, todos os medicamentos organizados nas devidas prateleiras.

O trio se dividiu pelos corredores em busca dos medicamentos. Analgésicos, anti-inflamatórios, soro fisiológico, pomadas e outros

faziam parte da lista de produtos que precisavam pegar.

Algumas prateleiras a frente Freen finalmente encontrou os anti-inflamatórios e pegou algumas caixas dos medicamentos. Kate buscava por pomadas e cicatrizantes enquanto Tee já tinha encontrado o soro e buscava por curativos.

- O que estão fazendo aqui? - Uma voz grave e grossa invadiu o estabelecimento.

Um homem de meia idade e cabelos cinza apontava uma espingarda na direção das mulheres fazendo com que elas parassem o que faziam e erguessem as mãos ao ar em sinal de rendição.

- O que querem aqui? Saiam!! - sua voz grossa e ranzinza ordenava.

- Senhor, por favor. - Freen dizia segurando firmemente as caixas de remédios em suas mãos. - Precisamos de alguns remédios.

- Não quero saber. Saiam daqui! - ordenou.

- Minha amiga está morrendo naquele carro. Por favor. - Freen insiste com a voz em tom de súplica. Ela precisava salvar Becky, nem que para isso tivesse que voar naquele velho ranzinza.

- Não me importa. - O homem destravou a arma e novamente apontou para as mulheres. - SAIAM! - Gritou.

- Por favor!! - Freen insistiu.

- Um... ele iniciou a contagem.

Tee e Kate caminhava cautelosamente para trás recuando, estavam assustadas. Freen permaneceu no mesmo lugar. Não moveu um músculo.

- Dois... - ele aponta a arma para a loira.

- Freen, vamos. Pelo amor de Deus. - Kate chama a loira. - Nós achamos outra farmácia.

- Nem sabemos se há outra farmácia na estrada. - Freen encarava o homem. - Ela pode morrer até lá. - diz sem desviar o olhar.

- Não me faça dizer três. - O homem alerta.

- O que está acontecendo aqui? - Uma senhora aparece atrás do homem. Apesar da boa aparência, seus cabelos grisalhos na altura um pouco abaixo dos ombros denunciavam a idade avançada.

- Elas estão nos furtando! - O homem acusa ainda apontando a arma para Freen.

- Senhora, por favor. - Freen se aproximou da senhora. Era sua chance. Precisava da compaixão dela, e ela esperava que tivesse o mínimo ali. Pois se fosse igual ao homem que as ameaçava, elas não teriam muita opção a não ser recuar. - Minha amiga está morrendo, eu preciso apenas de alguns medicamentos. Por favor.

End Of TimesOnde histórias criam vida. Descubra agora