Capítulo 8

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Após o aviso de Nan sobre ficarem ali, eles tiravam suas mochilas da caminhonete para entrarem na farmácia, mesmo que alguns não tenham gostado muito da ideia. O carro foi trancado e Nan guardou bem a chave.

Eles adentraram o estabelecimento e caminharam até a sala atrás do balcão onde Freen e Becky estavam. A morena ainda dormia calmamente na maca. Heng entrou carregando duas mochilas e entregou uma delas para a loira.

- Cadê a mochila da Bec? - Freen pergunta para Heng.

- Está coma Yuki.

- Já estão todos aqui? - a senhora de meia idade pergunta ao entrar na sala e ver o cômodo cheio.

- Estão sim. - Freen pronúncia se levantando da cadeira e se aproximando da mulher. - Tem certeza de que não irá incomodar a senhora?

- Por favor me chamem de Lúcia, ela responde com um sorriso - E não, não irá incomodar.

- Nem seu marido? - Kate questiona - Ele não me pareceu muito receptivo com aquela espingarda apontada para a minha cara. - Lúcia solta uma risada fraca.

- O Marcos é assim mesmo. Se tornou mais arisco e desconfiado após todo esse caos. - A mais velha explica tentando confortá-los. - Venham. - A mulher abre a outra porta e os guia para dentro do cômodo. - Tragam ela também, não podemos deixá-la aqui. - Lúcia aponta para Becky e Nop pega a menor em seus braços.

A mais velha guiava o grupo por um corredor com pouca iluminação. Subiram alguns lances de escada até chegaram ao segundo andar do estabelecimento.

- Tenho certeza de que todos irão amar a estadia de vocês aqui. - Lúcia disse do topo da escada com um sorriso radiante nos lábios.

- Todos? - Heng cochichou para Freen. - Como assim todos? - a loira o encarou e apenas deu de ombros continuando a subir os degraus.

Grupo chegou ao topo da escada parando em um pequeno rau com uma porta fechada a sua frente. A mulher aguardava que todos terminasse de subir os degraus para voltar a falar.

- Bom, eu espero que não se importem, mas eu tenho certeza de que eles irão amar a presença de vocês aqui. - Lúcia diz com um sorriso leve em seu rosto.

Os Atores realmente não sabiam o que esperar por trás daquela madeira e alguns já começavam a repensar se aceitar aquela proposta de estadia tinha sido de fato a melhor ideia. A mais velha finalmente abriu a porta dando passagem para o grupo.

Eles tinham um certo receio do que poderiam encontrar dentro daquele lugar. Porém o que avistaram foi completamente diferente de qualquer coisa que puderam imaginar ou especular em suas cabeças.

Do lado de dentro da porta aparentava ser uma extensa sala, no meio dela tinha uma extensa mesa de madeira com várias cadeiras as quais algumas pareciam improvisadas para dar lugar a mais algumas pessoas naquela mesa. No entorno tinham 12 crianças sentadas e se alimentavam do que parecia ser uma sopa de legumes enquanto conversavam tranquilamente entre elas, um assunto que apenas elas entendiam e tinham total domínio.

Marcos servia o último prato da última criança na mesa. Ao terminar ergueu sua mão e o garotinho bateu um hi-five arrancando um sorriso genuíno do mais velho. Nem parecia o mesmo homem que as ameaçou algumas horas atrás com uma espingarda.

- Vó Lu. - Uma garotinha de cabelos Pretos até a altura de sua cintura gritou ao ver a senhora parada na porta. Ela correu e se agarrou em suas pernas encarando a senhora com seus olhinhos Castanhos em um tom claro, logo ela foi seguida por outras duas garotinhas, enquanto as outras crianças apenas acenaram e sorriram para a mais velha.

End Of TimesOnde histórias criam vida. Descubra agora