Capítulo 14

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Pessoal continuação do capitulo passado, conteúdo sensível.


Freen encarava o cômodo vazio, por alguns segundos se manteve paralisada apenas processando o fato de nenhuma das duas estarem ali. Aquilo não poderia estar acontecendo. A loira procurou por todo o cômodo até chegar ao guarda-roupa que estava aberto. A mulher avistou o cesto destampado e olhou dentro do objeto, encontrando um dos lacinhos usados para prender o cabelo da Li. Seu coração se apertou. Elas tentaram se esconder.

- Filho da puta! - gritou esmurrando a porta do guarda-roupa.

- Calma Freen. - Heng se aproximou afagando os ombros da amiga.

- Calma o caralho. - A mulher se afastou. Seus olhos vermelhos e marejados em preocupação e raiva. - Elas tentaram se esconder Heng. Elas estavam com medo. - A mulher gritava com a respiração alterada e levanta o lacinho de Li na direção de Heng - E aquele desgraçado as pegou!! Ele está com elas!!

Uma espécie de culpa tomava a mulher. Ela deveria ter ficado lá com elas ou ter deixado que fossem com ela, como Becky havia pedido. Se tivesse atendido seu pedido isto não estaria acontecendo. Freen secou a lágrima solitária que escorria por seu rosto.

- Vamos procurar por elas amiga. - Heng disse tentando mais uma vez se aproximar da mulher.

- Eles ainda podem estar por aqui. -Nop sugeriu. - Vamos procurar por elas.

Todos concordaram no mesmo instante, sem hesitação, iniciando as buscas por todos os cômodos da casa. Nop se aproximou de Freen.

- Não se preocupe, nós vamos achar ele, nem que tenha que ir até o inferno para isso. - Nop tinha raiva em seu olhar. - E quando achar, eu mesmo vou matá-lo. - o homem afirmou e Freen sorriu sem humor negando com a cabeça.

- EU, vou matar ele! - o olhar da mulher se tornou escuro - Faça o que quiser com o Fernando, mas o Carlos - respirou fundo - Eu mato!! – era possível sentir o ódio se solidificar a cada palavra proferida fazendo com que Nop apenas concordasse, sem discussões.

Dito isso, saíram do quarto ajudando nas buscas. Freen guardou o lacinho no bolso de sua calça e correu toda a casa em busca. Cada cômodo, cada canto, cada lugar, tudo fora revirado. E nada. Até mesmo tapetes foram retirados em busca de algum passadouro de acesso a alguma galeria ou algo do tipo.

Nada.

- Eles não podem ter levado elas para longe. - Kate diz se reunindo com o grupo na sala. Todos estavam de pé, inquietos, tentando calcular onde poderiam estar. Faz muito pouco tempo que ouvimos os gritos.

- Na casa definitivamente não estão, já reviramos tudo. - Yuki afirma A loira leva um dos dedos até a boca roendo sua unha mostrando seu nervosismo.

- Ficar aqui olhando um para a cara do outro, não vai resolver nada. - Freen diz irritada. - Temos que olhar lá fora. - A mulher diz já caminhando em direção a cozinha e saiu pelo vão da porta quebrada.

Seus colegas a seguiram. O grupo se dividiu espalhando pelo entorno da construção. Freen, Heng e Nop caminhavam pelo gramado. Freen encarava aquela noite escura enquanto fincadas intervaladas insistiam em atormentar seu coração. Seu peito doía e se apertava sempre que a imagem de Becky vinha a sua cabeça. Talvez um sinal de que ela não estava bem, nada bem. Alguns chamariam isso de sexto sentido. Outros de conexão. Seja o que for, torturava a mente de Freen nesse momento.

Se sentia procurando agulha em um palheiro. Nenhuma pista, nenhum ruído, nenhum grito. Nada que pudesse guiá-la. Cada segundo perdido ali, correspondia a mais tortura e sofrimento a Becky, Li e Nan.

End Of TimesOnde histórias criam vida. Descubra agora