INEXPLICÁVEL

Capítulo 4

Jessica Narrando,

mais um dia corriqueiro e parado aqui na comunidade, fiz meu bronze a manutenção dos cílios e das unhas estão em dia, ontem foi dia de baile, mas eu estava pra morrer pois minha renite atacou e minha cabeça parecia que ia explodir, não fui, mas o digníssimo foi e a página de fofoca ferveu de fotos dele, nada fora do normal, e com isso o malote veio cedo, eu nem tinha acordado ainda quando ele deixou uma mochila com um bilhete, apenas rir e na parte da tarde levei para o banco não sou nem loca de deixar aqui se me aparece os canas eu perco tudo e ainda vou presa.

Minha cabeça ainda estava doendo e meu corpo só queria cama, mas parecia que meu corpo estava com formiga eu não queria ficar em casa, aquele sexto sentido me avisando que algo estava pra acontecer e não demorou muito pro Rau entrar em casa apavorado dizendo que os canas estavam se formando na entrada do morro e iriam subir que ela para ir para pista para casa da minha mãe, eu peguei a mala que eu sempre deixava pronta em caso como esses, e ainda peguei mais uns malotes do Rau, coloquei no carro e sai pela rota de fuga que dava atrás do morro, a casa não tinha foto nossas em nenhum porta retrato nem junto e nem separado, era como uma maneira de não ser identificado e nem associado a essa vida errada do Rau, antes de sair ele me abraçou dizendo que me amava, parecia uma despedida eu não sei mas não sei se era ele que estava saindo da minha vida ou era eu saindo da vida dele.

Acabei passando pela entrada e havia várias viaturas e até mesmo um blindado, vários moradores saindo da comunidade com medo do possível confronto, eu apenas segui o meu caminho, acho que é assim que tem que ser.

Eu apenas quero ir sem precisar voltar, mas sinto que ainda não é a hora, mas também não sei quando vai ser.