CAPÍTULO 6 - Fantasmas do passado

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Winnie Version:

No dia seguinte após o jantar da empresa, acordo me sentindo completamente acabada, como se um trator tivesse passado por cima de mim. Me levanto já começando o dia com meus afazeres domésticos, aproveitando que já era final de semana.

— Mamãe, a gente pode comprar hoje um brinquedo?

— Claro meu amor. Mais tarde podemos ir ao shopping e aí compramos um brinquedo novo pra você. O que gostaria de comprar?

— Ah, eu não pensei ainda, mamãe. — ele disse confuso pensando em algo.

— Então pensa com cuidado para a gente poder comprar. — sorrio observando ele sentado no sofá cantando a música de abertura do desenho.

Estava arrumando meu quarto e separando algumas roupas para doação, pois terá um evento social para ajudar pessoas mais carentes. Achei uma atitude tão linda que decidi participar também, ainda mais que Liam estava crescendo muito rápido e suas roupas estavam quase perdendo, eu tinha que arrumar um jeito de aproveitar porque havia algumas que nunca nem tinha usado.

Meu pai aparece no quarto com mais algumas caixas para poder separar as coisas.

— Obrigada pai! — digo dobrando uma blusa colocando dentro de uma caixa.

— Vai doar alguns dos brinquedos do Liam também? — ele pergunta olhando o baú cheio de brinquedos.

— Sim, mas vou conversar com ele e explicar direitinho, assim ele vai entender e não vai fazer birra.

— Vocês pais dessa geração tem métodos tão diferentes de educar os filhos. Sei que não fui um péssimo porque você sempre foi uma boa filha e nunca deu muito trabalho.

— Nunca dei muito trabalho? Eu nunca te dei trabalho pai. — olhei ele séria cruzando os braços.

— Só um pouco, talvez na adolescência quando ficava tarde da noite na rua.

— Eu não ficava na rua, eu ficava na casa do ... — paro por um tempo antes de finalizar a frase. Dizer o nome dele ainda me doía um pouco.

— Vem cá minha pequena. — meu pai se aproxima ao perceber a mudança em meu semblante. Ele me abraça me confortando em seus braços.

— Porque às vezes dói isso pai? Não deveria doer tanto assim. — falo em voz baixa.

— Às vezes as lembranças doem porque elas nos lembram de momentos felizes que não podemos mais viver, e o primeiro amor às vezes a gente nunca esquece. — ele disse beijando minha testa, suas palavras eram reconfortantes, parecia que ele tinha os conselhos certos na hora certa.

— Você sabe mesmo o que dizer né pai? — sorrio.

— Quando você é pai ou mãe, você sempre encontra as palavras certas para aconselhar seu filho, será assim um dia com o Liam.

Olho meu pai por um breve momento, ele parecia feliz e animado.

— Pai, você ainda se lembra do seu primeiro amor? — pergunto o observando.

— Lembro, mas a sua mãe é a única que vai ter meu coração. Você ainda vai encontrar alguém. — ele me consola.

— Homens de hoje em dia não querem uma mulher com filhos. Quanto menos dor de cabeça melhor.

— Sempre tem um que vai querer, meu amor. — ele acariciou meu rosto com carinho. — Bom, vou lá ajudar sua mãe com as coisas.

Termino de arrumar as roupas depois de algumas horas. Chamo Liam para um banho, ele sabia que já era hora de ir ao shopping. Deixei para abordar o assunto dos brinquedos para outra hora.

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⏰ Última atualização: May 16 ⏰

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