É assim que começa

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Oi oiii

Tudo bem, pessoal?? Espero que sim!!

Trouxe mais uma história Narusasu pra vocês, ebaaaaaaaaa KKKKKKK

Ela terá 10 capítulos, será bem curtinha e JÁ ESTÁ TODA PRONTA!!! Então, sem hiatus!

Eu ouvi um amém?

Queria dizer que essa história eu tive uma mega ajuda da minha querida mah @rhxzuna_ , que leu todos os capítulos e me ajudou com o fim. Te amo, garota!!!

Espero que gostem, boa leitura!!!

💚

°ANTES°

O céu escuro denunciava que eu tinha ficado até mais tarde na cafeteria. Meus ossos doíam de exaustão e minhas roupas cheiravam a café preto por um cliente ter derrubado sem querer na manga da minha blusa que usava por baixo do avental. Mais uma roupa manchada que teria que usar por baixo de outras para não ficar visível o estrago.

Lembro da minha chefe dizendo que era só mais dessa vez e eu nunca precisaria ficar até tão tarde de novo. Era mentira, óbvio. Mas eu precisava da grana, então não podia reclamar muito.

Enfiei as mãos dentro do moletom surrado que eu usava e encolhi os ombros, tentando não congelar naquela noite fria do caralho. Os fones conectados nos ouvidos emitiam uma das músicas da playlist do celular, quase estourando os meus tímpanos com as notas altas da Demi Lovato.

Essa mulher canta muito, cacete.

Dobrei mais uma esquina e a aquela rua deserta e escura já era comum para mim. Eu sempre a pegava desse jeito, pelo menos duas vezes na semana, e sempre sentia um calafrio estranho por achar que estava sendo vigiado.

Era uma paranoia minha, pelo menos era o que me fizeram acreditar. Quando tinha meus doze anos e dizia que estava sendo vigiado por homens totalmente de pretos, que no próximo segundo entravam em seus carros e sumiam do meu campo de vista, minha mãe adotiva mandava eu calar a boca e parar com esquisitice, porque ela queria um filho perfeito como o da prima de sua vizinha.

Oh... Ela ficava tão brava quando percebia que eu não era e nunca seria perfeito...

Suspirei fundo, encolhendo mais os meus ombros ao lembrar das memórias. Não era atoa que eu fugi do quinto lar adotivo que tive e desde então, vivi na rua e por contra própria. Eu não gostava, mas roubava comida quando minha barriga roncava mais alto que o peso na consciência. Foram bastante anos desse jeito, me acostumar foi inevitável. Mas então virei maior de idade e pude trabalhar, conseguindo meu sustento.

Obviamente não era rico, isso já estava bem visível, mas não passava mais fome, como foi nos primeiros anos na rua.

A música acabou e antes que a próxima começasse, barulho de metal caindo no chão me fez virar para trás rapidamente. Três homens estavam a alguns metros de mim, dois deles olhavam irritados para o que tinha chutado uma das latas de lixo e espalhado toda aquela bagunça nojenta. Meus olhos arregalados e minha respiração acelerada por causa do susto, ficaram mais evidentes ao ver que os três se viraram na minha direção e começaram a caminhar mais rápido.

Tirei as mãos do bolso e comecei a correr, torcendo para não tropeçar nos meus próprios pés. Não estava muito longe de casa, mas não era o maior atleta do mundo. Seus passos agíeis e rápidos atrás de mim, apenas aumentavam meu pânico, me dificultando ainda mais as coisas.

Luke Hemmings gritava na minha orelha que garotas boas são garotas más que ainda não foram pegas e eu só conseguia escutar meu coração batendo forte. Virei mais uma esquina e minha casa pequena nunca pareceu tão divina assim. Provavelmente aqueles malucos conseguiriam arrombar minha moradia se quisessem, mas só de pensar em uma porta nos separando, já me fazia escorrer uma gota de suor em puro alívio.

CPPE - NarusasuOnde histórias criam vida. Descubra agora