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Heeeey

Voltei com mais um capítulo para vocês, irruuuu

Espero que gostem, boa leitura!!!

❤️

  Esperei pelo momento que todos começariam a rir e Lee entraria com uma câmera, dizendo que minha cara estava hilária. Fizeram isso no meu primeiro aniversário aqui. Eu estava levando uma bronca do senhor Yamanaka e aí do nada todos começaram a cantar parabéns.

Só que hoje não era meu aniversário.

Então, depois de cinco minutos em que ninguém mal se moveu, fiz o que qualquer um na minha situação faria:

— Mas que porra é essa!? – Me levantei irritado, quase derrubando a cadeira pesada no chão, mas o assistente a pegou a tempo.

— Se acalme, Naruto. – O chefe do departamento de crimes, Iruka, pediu. Ele era quase como um tio distante para mim, mas eu não o escutaria agora.

— Não caralho! Que droga é essa? Irmão gêmeo? Que porra???? – Olhei para Sai no mesmo segundo que terminei a última palavra, confuso e alterado. Ele apenas se encolheu mais e eu bufei frustrado.

Ele era bom lidando com os outros e quase parecia um deus inabalável quando precisava ser firme com algum funcionário, mas ele nunca conseguiu ser firme comigo.

Mas seu pai era.

— Não precisamos que todo o prédio escute essa conversa, senhor Namikaze. Mas se desejar, eu abro a porta. – O senhor Yamanaka disse sério, apontando para a parede de vidro aonde todos pareciam estar prestando atenção até aquele momento, mas quando olhei, todos voltaram a fazer o que tinham para fazer. — Sente-se e eu explicarei tudo. – Aquilo parecia mais uma ordem e eu trinquei o maxilar antes de obedecer.

— Estou todo a ouvidos. – Foi irônico, minha boca mal abrindo para proferir as palavras com raiva.

— Há vinte e três anos, um homem apareceu em nossa porta-

— Por que não começa desde Adão e Eva? – Retruquei, sendo bem claro que sua enrolação apenas me irritaria mais.

— Mais uma palavra e você vai ser retirado do mundo virtual também. – Ele foi áspero e eu mordi minha língua com força para guardar os xingamentos para mim. — Há vinte e três anos, um homem apareceu em nossa porta. – Ele retomou, respirando fundo como quem busca calma. Era eu que devia buscar calma! — Ele não era somente um cidadão comum, ele era o homem mais procurado pelo FBI. Se meteu nas piores enrascadas e estava correndo risco de morte. – Completou, passando a foto para uma de um homem mais velho, tinha os mesmos olhos que os meus. A boca também era parecida. Seu cabelo loiro era algo que-. — Ele é o seu pai.

O quê?

Meu cérebro deu um pane e eu quase conseguia ouvir o Windows travando dentro de mim. Permaneci uns segundos paralisado, como se alguém me segurasse naquela posição. Ele não podia estar falando sério.

— Você tá brincando com a porra da minha cara!? – Ele me olhou sério, me repreendendo por ter aberto a boca e eu sorri forçado, marcando os ossos do meu rosto de tanto que meus dentes se apertavam.

Os dois chefes ao meu lado se afastaram mais de mim discretamente.

— Minato Namikaze apareceu aqui pedindo para falar comigo. Somos bem severos com pessoas como ele, mas o choro de crianças nos chamou a atenção. – Eu aliviava a boca a medida que começava a entender, meu coração batia forte. — Dois gêmeos, mal tinham um ano. – Ele olhou para mim e eu tive que desviar para baixo, não querendo que ele visse a confusão de sentimentos que causava dentro de mim. — Ele não pediu muito, apenas que pegássemos os gêmeos e protegêssemos. Disse a ele que isso era ridículo, que éramos uma corporação séria e não babás. Ele rebateu que era isso mesmo que nós fazíamos, protegíamos as pessoas. Minha resposta continuou sendo não e então ele começou a chorar. De joelhos, pediu que cuidássemos deles, mesmo que não diretamente. Poderia ser apenas uma olhadinha de vez enquanto. Ele estava desesperado.

CPPE - NarusasuOnde histórias criam vida. Descubra agora