Capítulo 6

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𝐂𝐀𝐒𝐀𝐍𝐃𝐑𝐀 𝐉𝐀𝐒𝐎𝐍
ᴡɪɴᴛᴇʀ ɢᴀʀᴅᴇɴ

Coloquei a pipoca no microondas e fui para a sala, me jogando no sofá. Peguei o controle e procurei por algum filme de terror. Hoje é domingo, então passa bastante filmes desse gênero. O microondas apitou, então fui buscar a pipoca.

No meio do caminho, o telefone fixo tocou. O que é estranho, pois já é quase duas horas da manhã. E onde o papai e mamãe estão não tem sinal. Bem, depois eu atendo. Vou buscar logo a pipoca. Quando eu voltei para a sala, o telefone tocou novamente. Coloquei o pote em cima do sofá e atendi.

— Alô? Quem fala? Sabia que é uma falta de educação ligar para a casa dos outros a essa hora?

— Olá, Casandra. — Uma voz muito sinistra respondeu do outro lado da linha. Parecia distorcida.

— Quem tá falando? É você, Jennifer? Isso não tem graça! — Murmurei, olhando ao redor.

— Não se preocupe, Casandra. Quero apenas conversar.

— Existe linhas específicas para isso. — Respondi, e desliguei, colocando o objeto de volta no lugar.

Não deu nem dois segundos e já começou a tocar de novo. Revirei os olhos e atendi.

— O que você quer? Está atrapalhando a minha noite de filmes! — Exclamei irritada.

— Eu só quero conversar. Você disse que vai assistir filmes. Qual o seu filme de terror favorito? — Parei para pensar.

— Não sei... Acho que Sexta-Feira 13. É um filme bem legal.

— Ah, que coincidência, Casandra. Eu também adoro Sexta-Feira 13. Os sustos, o suspense, não é mesmo empolgante? — A voz do outro lado da linha respondeu com um tom estranho, quase sussurrante.

Senti um arrepio percorrer minha espinha. Como essa pessoa sabia sobre meus gostos? Seria algum amigo tentando me assustar?

— Quem é você? Como sabe meu nome e o que eu gosto? — Perguntei, tentando manter a calma.

— Não se preocupe com detalhes, Casandra. Só quero saber mais sobre você. O que mais gosta de fazer? Além de assistir filmes de terror no meio da noite, é claro.

Engoli em seco. Aquilo estava ficando cada vez mais estranho e assustador.

— Olha, não sei quem você é, mas pare com isso. Vou desligar agora. — Fui direta e desliguei o telefone novamente.

Meu coração estava acelerado. Aquela ligação era muito sinistra para ser uma simples brincadeira. Sentei-me de volta no sofá, tentando me concentrar no filme que estava começando. Mas a sensação de estar sendo observada não me deixava em paz.

Poucos minutos se passaram e o telefone tocou novamente. Dessa vez, ignorei. De repente, a luz da sala piscou brevemente. Meu corpo gelou. O filme no televisor parou abruptamente.

— O que está acontecendo? — Sussurrei para mim mesma, olhando ao redor com os olhos arregalados.

O telefone continuava a tocar, insistente. Eu não queria atender, mas a curiosidade e o medo estavam me consumindo. Finalmente, decidi atender mais uma vez.

𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐅𝐀𝐂𝐄 || ᴛᴏᴍ ᴋᴀᴜʟɪᴛᴢOnde histórias criam vida. Descubra agora