Troublemaker

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Arackniss sorriu maldoso logo que chegou no motel, havia um cigarro acesso em sua boca antes de adentrar o prédio o mesmo lhe deu uma última tragada e logo jogou o cigarro em uma poça qualquer, se explodisse era lucro. Os olhos vermelhos do aracnídeo passeavam pelas portas com números diversos em busca do número específico. 69, quando enfim de frente pra este o moreno respirou fundo tirando do palito um clipe de cabelo e logo começando a destravar a fechadura, não demorou muito pra que de fato a porta se abrisse. Com a mão dentro do casaco a aranha logo tirou uma calibre 32, ao abrir a porta não houve espera, o mesmo atirou uma vez e logo que ouviu o grito de revolta de seja lá quem for atirou novamente no ser escondido por lençóis e que até agora pouco se mantinha mechendo os quadros indicando uma possível relação sexual entre ambos.

- Aghr, eu odeio meu trabalho. - a aranha murmurou enquanto assistia o grito estarrecido e o barulho de algo caindo, a aranha pouco se importou logo fechando a porta e saindo tranquilamente pelo corredor do local. Sem pressa ou preocupação em ser avistado, afinal ele já estava velho demais pra se importar em viver ou morrer e porra e o inferno, que assassino liga em ser pego quando não tem nem polícia pra te culpar e condenar?

A aranha adentrou o próprio carro e logo pegou o celular vendo a notificação de que o dinheiro já havia caído em sua conta do banco. Sem se importar Arackniss colocou o pé no acelerador sem se importar com quem quer estivesse na rua aquela hora, afinal o trânsito no inferno era mil vezes mais complexo do que na terra. Um toque de seu celular o fez revirar os olhos e logo com uma de suas mãos extra segurou o celular atendendo a ligação enquanto com as outras duas superiores focava em segurar o volante, a aranha tinha que admitir os braços extras eram extremamente úteis.

- Fala, tô sem tempo. - a aranha afirmou enquanto parava no sinal vermelho, não ele normalmente não precisaria de algo assim mais infelizmente a porra de uma lesma decidiu atravessar a rua. - ACELERA AE PORRA, EU TENHO COMPROMISSO SEU MERDA! - o demônio de olhos vermelhos logo  rosnou aquelas palavras com suas presas amostra e os olhos brilhando em um tom vivido de carmesim.

- Niss? - ao escutar o apelido a raiva se esvaiu por completo e um sorriso adornou seus lábios - Eu só queria dizer que não vai dar pra sair hoje... Val saiu e não voltou até agora...- o mesmo murmurou em tristeza e logo a aranha respirou fundo enquanto ensaiava um pequeno discurso mentalmente.

- Qual é, cê nasceu grudado nele agora? Na Velvet eu até entendo por que ela é sua filha. Mais sério qual o problema de deixar o Val sumido? Se ele morrer é lucro pra nós! - a aranha afirmou enquanto logo voltava a dirigir apressadamente, o moreno logo trocou a mão que segurava o celular e com outra pegou um cigarro o acendendo no carro mesmo. - Porra essa e a melhor merda que já fizeram... - a aranha murmurou se referindo ao acendedor de cigarros já embutido no carro.

- Niss e sério, ele não apareceu ou mandou mensagem... - Vox realmente parecia nervoso com o sumiço do outro. - a Velvet também tá preocupada... - o apresentador disse aquilo mais logo a jovem fez questão de gritar um "não tô não!", o que rendeu um olhar indignado de Vox pra mesma. - olha só... Não vem aqui ok? Eu vou sair e tentar achar ele.

- Ele deve tá no motel. - afirmou sem se importar enquanto tratava o cigarro logo soprando a fumaça sentindo-se menos estressado. - Eu tava em um agora pouco por sinal, o gritinho da puta foi parecido, vai ver eu matei ele sem querer.

- O que você foi fazer em um motel!? - questionou quase em um grito o que resultou em um riso divertido da aranha, Arackniss logo sorriu maldoso enquanto parava o carro em um restaurante italiano. - Arackniss você me responde!

- Mi dispiace amore mio - O aracnídeo enfim desligou o celular e logo adentrou o restaurante, o cheiro de cigarro misturado com o cheiro das massas deixava o ambiente com um aspecto nostálgico pra si, parecia os lugares que ia junto ao pai quando criança. O mesmo soprou a fumaça do cigarro enquanto procurava com os olhos pelo mais velho, Heroin era um mafioso conhecido em todo inferno e claro que sua fama não foi de graça, com um cão tão fiel ao seu lado era nítido que o mais velho atingiria o posto em que estava uma hora ou outra, porém havia algo infeliz naquilo, afinal pra conseguir um cão fiel... Você precisa adestra-lo de maneira a que ele não te morda e infelizmente isso veio como anos de tortura sobre a desculpa de treinamento e amor paterno.

One last kissOnde histórias criam vida. Descubra agora