Capítulo 11

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James rangeu os dentes e travou uma batalha perdida pela paciência.

Incapaz de ficar parado, ele andou pelas bordas do acampamento. Alguns retardatários ainda permaneciam ao redor do fogo, quebrando o jejum. Ele parou de andar e olhou furioso. Já passava da hora de terminarem. Ele precisava fazer o que devia. Sozinho.

Ele não podia esperar mais.

Girando, quase derrubado pela túnica que batia em torno de suas pernas, ele perseguiu, atacou e encarregou cada pessoa de algo para fazer. Seu coração disparou. A revelação do paradeiro de Lena logo seria dele.

Ele estendeu sua capa de viagem sobre si mesmo para afastar olhares indiscretos. De debaixo das dobras, ele retirou um pequeno galho de carvalho e inclinou-se sobre o fogo latente como uma velha. Com os dedos trêmulos, ele colocou-o sobre as brasas, o cheiro de carvalho queimado lembrando uma noite quente de verão.

Um olhar rápido e abrangente mostrou que todos estavam fora do alcance da voz. Ele se inclinou mais perto e começou a sussurrar encantamentos conhecidos apenas por ele.

Imagens formadas na fumaça. Um punho de luxúria perfurou seus órgãos vitais. A túnica de Lena foi cortada, suas pernas bem torneadas revelaram-se a ele pela primeira vez. Ela estava andando em uma carruagem — com a guerreira que a havia roubado. Seus dedos flexionaram, ansiosos para alcançar através da fumaça e rasgar a espartana de membro em membro.

Com as emoções fervendo, ele olhou fixamente enquanto as imagens mudavam, mostrando-lhe para onde ela estava sendo levada. À distância, ele conseguia distinguir quatro aldeias agrupadas, com a poderosa montanha erguendo-se como a égide de Zeus atrás delas.

Impossível!

Mas sempre que ele adivinhava, ele estava sempre certo. O que significava que os hoplitas enviados para resgatá-la estavam mortos nas mãos dos espartanos. Eles já teriam retornado se ainda estivessem vivos.

James aproveitou a onda de raiva que crescia dentro dele. Fervia e agitava-se como o redemoinho de Caríbdis. Incapaz de contê-lo, ele soltou um uivo furioso.

Um som vindo de trás o fez se levantar. Virando-se, viu-se cara a cara com Lionel, cuja testa estava enrugada de preocupação.

"O que você viu, James? Lena está segura?"

"Os homens que enviei para salvá-la falharam", ele rugiu, espumando pela boca, tal era a força de sua raiva. "Ela está quase em Esparta."

O rosto do homem mais velho empalideceu mortalmente.

James escondeu um sorriso exultante enquanto Lionel torcia as mãos. Interiormente, ele se deleitou em ver o outro homem reaprender como a perda poderia ser destruidora da alma.

Queimado em sua própria memória foi o dia em que viu Lena pela primeira vez. Ele deu uma olhada em seu corpo de ninfa, seus lindos olhos brilhantes e a desejou para si. Talvez ele iria caçá-la em uma carruagem, carrega-la como Hades fez com Perséfone.

E como Hades, ele tomaria sua consorte, querendo ou não. Pegue a riqueza dela e de seu pai adotivo. Ao contrário de Deméter, Lionel ficaria sem nada.

"Você se preocupa muito. Eu sei que as memórias dela não retornarão." O pacto secreto que ele fez com o deus do Submundo garantiu isso.

"Você tem certeza?" Lionel exigiu tensamente. "Como você sabe que ser removido do templo, de Delfos, não as trará de volta?"

James revirou os olhos. "Por causa da água que ela bebeu. Nada neste mundo pode derrubar o seu poder."

"Você diz isso como se a água possuísse algum segredo. Você nunca me disse de onde veio ou que feitiços lançou sobre ele."

KARLENA - OdysseyOnde histórias criam vida. Descubra agora