Capítulo 32

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"Achei que poderia encontrar você aqui."

A boca de Morgana se curvou em um sorriso secreto. Sem pressa, ela se virou na direção da voz alegre e forte que sempre possuiria o poder de fazer cada ponto de prazer cantar em êxtase.

As delicadas dobras entre suas pernas incharam enquanto ela imaginava seus planos.

Sustentando seu olhar, ela foi até Kara, com passos medidos, quadris balançando. A fome brilhando em seus olhos azuis como o céu lançou flechas de calor em cada terminação nervosa.

Sufocando um gemido, ela pegou as mãos da sua amada, levando-as aos lábios para dar beijos prolongados em cada nó dos dedos. Seus dedos apertaram os dela. O simples gesto fez sua barriga cair em queda livre, como se ela tivesse pulado de um penhasco no mar.

"Se você concordar, quero que o quarto da sua mãe seja meu. Já passou da hora de deixar a luz entrar para remover a escuridão do que aconteceu aqui."

"Qualquer quarto é seu," Kara soltou as mãos para abraçá-la, dando um beijo prolongado em sua testa. "Esta é a sua casa agora para fazer o que quiser. Os servos estão sob seu comando."

Morgana apoiou a mão em seu peito, regozijando-se com seus batimentos cardíacos acelerados. Kara pertencia a ela. Esta orgulhosa e corajosa guerreira pertencia apenas a ela. Ela se aconchegou mais perto, saboreando o modo como os dedos da guerreira massageavam sua nuca. "Seu povo me recebeu tão calorosamente, mas estou feliz que Lucy tenha sido mandada embora. Acho que ela me odiava."

"Ela traiu você," sua voz endureceu. "E traiu minha confiança. Descobri que um homem estava perguntando por você na ágora no dia em que chegamos. Lucy ouviu e se deu a conhecer a ele. O ciúme a levou a contar a ele sobre seus planos. Foi assim, minha linda, que eles conseguiram emboscar você em Amyclae."

"Não há mais necessidade de falar daquela época", disse ela, pressionando os dedos sobre a boca de Kara. Afastando-os com ternura, Kara mordiscou cada ponta, separando o dedo médio dela para sugar. Morgana se esfregou sinuosamente sobre o corpo da guerreira, indiferente, ela não conseguiu conter um gemido que falava claramente de sua fome.

"Isso vai fazer você esquecer?" Kara sussurrou em seu ouvido.

O ar ficou preso na metade de seu peito. Sua voz era rouca, cheia de promessas, o suficiente para deixá-la tonta com o sangue pulsando em suas veias. "Sim", ela sufocou a afirmação com um aperto na garganta de antecipação do que estava por vir.

A tentação estava diante dela e a cama atrás. Ela realmente iria negar as duas? Morgana vacilou, dividida entre empurrar Kara para a cama ou fazer as duas esperarem até enlouquecerem com a demora.

Siga seu plano.

Sua voz interior estava certa. Não se dando tempo para reconsiderar, ela saiu de seu abraço. "Os servos já estão cumprindo suas tarefas. Eles podem nos ouvir." Sua sobrancelha baixou, a expressão confusa forçando-a a reprimir a vontade de rir.

Kara não tinha ideia do que a esperava.

Ela a presenteou com um olhar derretido sob os cílios que prometia uma recompensa agradável por sua paciência.

Um olhar furtivo mostrou sua túnica se afastando do corpo. Morgana fechou os olhos e sorriu. A primeira vez delas deve ser especial. Então, onde melhor ela se perguntou, do que naquele bosque sombreado onde uma vez elas se divertiram um pouco.

"Lembra do dia em que quase fizemos amor?" ela respirou, sentindo o rígido controle que Kara tinha sobre si mesma. Quanto tempo levaria para ela quebrá-lo? "Encontre-me no riacho, no mesmo lugar, em duas horas?"

KARLENA - OdysseyOnde histórias criam vida. Descubra agora