JACKSON AVERY - GREY'S ANATOMY

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Eu estou fazendo bolo

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Eu estou fazendo bolo.

São 2 da manhã de uma terça-feira e eu estou na cozinha fazendo bolo.

O cheiro das raspas de limão preenchiam a cozinha, a massa parecia apetitosa mesmo ainda crua, o que me fez provar uma colherada só para matar o desejo.

Ouço a porta da sala sendo destrancada e, em seguida, trancada novamente, mas mantenho meus olhos e minha concentração na massa do bolo.

— O que houve? — A voz de Avery ecoa pela cozinha, mas continuo com os olhos focados na linda e branca massa em minha frente.

— Estou fazendo bolo.

Ele se aproxima, em passos lentos e cautelosos, como se estivesse se aproximando de um animal selvagem.

— [nome], o que aconteceu?

Paro de mexer, sinto minha mão fechar com força ao redor da colher de madeira que eu segurava. Continuo admirando a massa no bowl a minha frente.

Largo a colher e começo a espremer os limões na massa, passando o suco por uma peneira. Ainda sem olhar para Avery que se aproximou da bancada.

— Você só faz bolo de limão quando está com raiva, triste ou preocupada. Não acredito que você simplesmente chegou em casa e decidiu que faria um bolo de madrugada — Ele tenta tirar a vasilha de mim, mas eu a seguro — O que aconteceu, [nome]?

— Eu perdi uma criança... — Minha voz sai fraca. Avery tenta falar algo mas eu o interrompo — Eu perdi uma criança nos meus braços. Eu tentei de tudo. Eu me senti um fracasso. — Finalmente encaro aqueles lindos e profundos olhos verdes, o que me faz querer chorar ainda mais e fazer mais bolos — Então eu chego em casa e, pelo terceiro dia seguido, você não está. E além de um fracasso, eu me senti só.

Não. Não era egoísmo. Eu não estava desmerecendo o trabalho do grande e inteligente doutor Jackson Avery. Eu sempre entendi sua carga de trabalho e sempre conversamos sobre isso, seria hipocrisia minha julga-lo por trabalhar tanto. Mas eu também conhecia Jackson.

— Amor... — Ele da meia volta na bancada e tenta me abraçar mas eu desvio de seus braços — Eu estava trabalhando...

— Você nunca precisou dar plantões acima de 48h, Jackson. — Respiro fundo, cruzando os braços, e volto a encarar seu rosto. Era difícil encarar Jackson, seus olhos sempre foram convidativos para mim, sempre me diziam algo como 'meu abraço pode te curar'. — Eu sei o quão mais fácil seria sua vida se estivesse com Lexie ao invés de mim. Talvez você até já teria contado para sua mãe, porque é melhor contar pra ela que namora a melhor médica do Seattle Grace do que a simples enfermeira pediátrica do hospital concorrente, não é?

— O que? [nome], isso é loucura. — Ele esfrega as mãos no rosto, puxando o ar e tirando um tempo para pensar — [nome]... — A forma como ele pronuncia meu nome sempre me causa borboletas no estômago, não tinha momento onde ele soasse mais doce e gentil do que esse — Eu não falo com Lexie desde quando eu comecei a sair com você. — Se aproxima de mim, envolvendo suas mãos em minha cintura — Eu estou cansado, tive dias cheios, não precisamos disso agora... Vamos deitar, sim?

— Sua mãe deixou um recado... Ela está ansiosa para jantar com você e sua namorada do hospital... — Contei encarando a bancada em minha frente, sentindo ele soltar minha cintura aos poucos — "A observei de longe e ela realmente é linda com aquela franja"... — Escapei uma fraca risada nasal e virei para encara-lo novamente — Você tem tido plantões enormes, mal dorme aqui. Normalmente chega pela manhã, toma um café e dorme como se fosse a pousada de um hotel. Vamos la, Jackson. Acabe logo com isso.

— Minha mãe conhece a Lexie, ela quer que eu fique com ela. Mas eu quero você, [nome]. — Ele se aproxima novamente passando a mão em meu cabelo e me encarando com um olhar cansado — Eu não vou para o jantar, ok? E vou te apresentar pra ela, eu não tenho vergonha de você. — Diz antes de depositar um beijo em minha testa.

— E os plantões?

— Meu amor, eu tô fazendo hora extra. Você merece um lugar melhor que esse, não acha? — Sorri delicadamente para mim — Era para ser uma surpresa, desculpe. Vamos descansar, sim? Foi um dia cheio. — Ele me guia pelos ombros até o quarto.

Eu ainda sentia que havia algo de errado. Por um momento eu só quis jogar a culpa no meu dia cheio e na incapacidade de raciocinar claramente. Eram 2h30 da manhã e eu não dormia há 27h.

Naquela noite eu confiei em Avery. Seus olhos não pareciam mentir.

Eu não sei se gostei tanto desse aqui, mas eu queria muito fazer uma cena de bolo

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Eu não sei se gostei tanto desse aqui, mas eu queria muito fazer uma cena de bolo.

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