PEDIDO - SHAMELESS

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Era uma noite fria de inverno em Chicago, e a neve começava a cobrir as ruas do South Side

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Era uma noite fria de inverno em Chicago, e a neve começava a cobrir as ruas do South Side. A casa dos Gallagher estava mais movimentada do que nunca, e a energia caótica parecia nunca diminuir. No entanto, algo estava diferente naquela noite. SN, a mulher que havia entrado na vida dos Gallagher quando todos ainda eram crianças, estava sentada em silêncio na mesa da cozinha, com um semblante triste e preocupado.

SN tinha vindo do Brasil para Chicago em busca de uma nova vida e oportunidades. Formada em enfermagem, encontrou emprego como babá dos Gallagher. O trabalho começou como uma forma de ganhar a vida, mas logo se transformou em algo muito maior. Com a mãe dos Gallagher ausente e Frank sendo uma presença errática e irresponsável, SN assumiu o papel de mãe para os irmãos.

Ela era gentil e amável, uma figura de estabilidade e carinho em meio ao caos que era a vida dos Gallagher. Seu sorriso caloroso e a maneira como cuidava de cada um deles fez com que os irmãos a chamassem de mãe, e ela os amava como se fossem seus próprios filhos. SN também tinha um filho de um casamento anterior, que havia ficado no Brasil com o pai, o que sempre lhe causava uma dor silenciosa.

Agora, com seus cinquenta anos, SN ainda parecia ter trinta. Sua beleza e juventude eram evidentes, mas a preocupação nos olhos dela mostrava a idade de seu coração.

Naquela noite, Fiona, Lip, Ian, Debbie, Carl e Liam se reuniram na sala, discutindo sobre os problemas mais recentes. Fiona estava lidando com a pressão de ser a líder da família, Lip enfrentava seus próprios demônios com o álcool, Ian estava em apuros com a lei, Debbie tentava equilibrar a maternidade e a adolescência, Carl estava envolvido com más influências, e Liam, embora ainda jovem, estava começando a sentir o peso das dificuldades ao seu redor.

SN ouvia a conversa, cada palavra e cada preocupação ressoando profundamente dentro dela. Ela sentia que, apesar de seus esforços, não estava conseguindo proteger seus filhos adotivos das armadilhas da vida. Com o coração pesado, ela decidiu que precisava de um tempo para pensar.

— Eu preciso sair um pouco — disse SN, levantando-se da mesa. Sua voz estava baixa, quase um sussurro, mas carregava uma firmeza que fez todos pararem e olharem para ela.

— Mãe, onde você vai? — perguntou Fiona, a preocupação evidente em seu rosto.

— Só preciso de um tempo para mim, Fiona. Não vou demorar — respondeu SN, tentando sorrir, mas falhando. Ela pegou seu casaco e saiu pela porta da frente, sentindo o frio cortante no rosto.

Os Gallagher se entreolharam, a tensão crescendo no ar. Sabiam que SN estava chateada, mas não tinham percebido o quão profundamente suas ações a estavam afetando.

— Temos que fazer algo — disse Lip, a determinação surgindo em sua voz. — Não podemos deixar ela ir assim.

— Ela está muito chateada. Vocês viram como ela saiu — acrescentou Debbie, preocupada.

— Sei que não temos sido fáceis, mas não podemos perder a nossa mãe — disse Ian, já se levantando.

Ian, Debbie, Carl e Liam concordaram, e juntos decidiram ir atrás de SN. Caminharam pelas ruas cobertas de neve, chamando por ela, até finalmente a encontrarem sentada em um banco do parque, olhando para o horizonte.

— Mãe — disse Ian, se aproximando e se ajoelhando ao lado dela. — Por favor, volte para casa. Precisamos de você.

SN olhou para seus filhos adotivos, os olhos cheios de lágrimas. — Eu só queria que vocês soubessem o quanto me preocupo com vocês. Eu tento ser a melhor mãe que posso, mas às vezes parece que nada do que faço é suficiente.

— Sabemos que você faz o melhor, mãe. E somos gratos por tudo o que você faz. Vamos tentar melhorar, prometemos. Só não nos deixe... — disse Fiona, se aproximando e abraçando SN.

— Precisamos de você, mãe. Você é o nosso alicerce — acrescentou Debbie, segurando a mão de SN.

— Eu estou cansada, meus filhos. Cansada de vê-los se machucarem, de ver tudo desmoronar — disse SN, sua voz trêmula com emoção.

— Nós também estamos cansados, mãe. Cansados de decepcioná-la. Vamos mudar, por você — disse Lip, com sinceridade.

Carl, que normalmente era o mais rebelde, também se aproximou. — Eu sei que faço muita besteira, mas vou tentar ser melhor, prometo.

Liam, ainda pequeno, mas entendendo a gravidade da situação, abraçou SN e sussurrou. — Eu te amo, mãe. Não vá embora.

— Vocês não entendem — disse ela, sua voz começando a falhar. — Cada vez que vocês se colocam em perigo, cada vez que tomam decisões ruins, sinto como se estivesse falhando com vocês. Eu vejo o potencial em cada um, vejo a bondade, mas também vejo a dor e a raiva que carregam. E me machuca tanto ver isso.

Ian segurou a mão dela com força.

— Mãe, sabemos que você está fazendo tudo o que pode. E é por isso que precisamos de você. Precisamos de você para nos manter no caminho certo, para nos lembrar que podemos ser melhores.

Fiona assentiu, com lágrimas nos olhos.

— Precisamos de você para nos dar esperança, mãe. Porque, sem você, não sei se conseguiríamos continuar lutando.

— Eu só quero que vocês tenham uma vida melhor, uma vida que não seja cheia de dor e sofrimento — disse SN, sua voz cheia de emoção.

— E vamos ter, mãe. Com você ao nosso lado, podemos mudar. Podemos ser a família que você sempre quis que fôssemos — disse Lip, a voz firme.

SN sentiu o peso das palavras deles, o amor e a sinceridade que transbordavam. Ela abraçou cada um deles, sentindo o calor do amor familiar aquecê-la em meio ao frio.

— Eu amo todos vocês — disse ela, as lágrimas escorrendo pelo rosto — Amo bem mais do que vocês conseguem imaginar. Mas eu não posso sempre fazer tudo sozinha...

Liam, com a voz embargada, se aproximou.

— Prometemos que vamos nos esforçar mais. Não queremos te ver assim, tão triste. Você é tudo para nós.

Lip abraçou SN com força, a voz firme.

— Obrigado por nunca desistir de nós. Nós vamos fazer valer a pena, prometemos.

Carl assentiu, mais sério do que o usual.

— Eu vou começar a pensar nas minhas ações. Vou fazer isso por você, mãe.

SN olhou para cada um deles, sentindo o peso das promessas e a sinceridade em seus olhos. Abraçou-os novamente, permitindo-se acreditar que, desta vez, as coisas poderiam realmente mudar.

— Eu nunca vou deixar de amar vocês — disse ela, a voz cheia de emoção. — E sempre estarei aqui, não importa o que aconteça.

 — E sempre estarei aqui, não importa o que aconteça

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Pedido de:  IsadoraMouraDoria

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