Capítulo 6.

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Elizabeth on!
🪐🔭📚🎋🎀

Ontem, depois que acordei na sala, me passou um filme da minha semana que mal começou. Eu literalmente trouxe um desconhecido para minha casa porque estava com dó do machucado dele.

Isso é normal?

Hoje eu acordei cansada. Dormir à tarde tem seus defeitos, como não conseguir dormir à noite e ficar quase toda a madrugada acordada. E realmente não queria ir para a escola hoje. Eu nunca quero, mas hoje é um daqueles dias em que nem dá ânimo de levantar da cama. Mas enfim, sem drama. Preciso ir.

— Tudo bem, Elizabeth. Respira e encare o dia! — Digo, dando um pulo da cama.

Me troquei, tomei café rápido, arrumei minha mochila e fui de ônibus para a escola.

[...]

Cheguei na escola e estava cheia como sempre. Como ainda não havia batido o sinal, todos estavam amontoados no pátio. A Iara não vem hoje, disse que estava muito gripada porque pulou na piscina à noite.

Eu nem contei para ela sobre o Bernardo. Na verdade, acho que vou me abster de falar qualquer coisa para ela. Confio demais nela, porém pode virar boato na escola.

— Elizabeth. — Bernardo vem para perto.

Ele está de bermuda e aparentemente fez um novo curativo. Isso é bom. Para ser sincera, pensei que ele não iria cuidar muito bem.

— Ah, oi — digo e faço um sorriso fechado. — Melhorou sua perna?

— Melhorou um pouco — ele diz, indiferente.

Na verdade, é quase impossível ter melhorado em tão pouco tempo. Deve estar mentindo.

— Eu ia te pedir a pomada que você passou ontem — ele fala e coça a nuca.

—Ah, sim — deixo escapar um sorriso. — Calma, eu te entrego na sala.

Ele assente com a cabeça e se senta ao meu lado. Ele não está mexendo no celular, apenas olhando para o nada com uma cara tão...

Elizabeth, é melhor parar com esses comentários, ok?

Fico em silêncio sem puxar assunto com ele, apenas continuo mexendo no meu celular até a hora de entrar na sala de aula.

Quando entramos na sala, Bernardo senta no lugar da Yara sem ao menos perguntar. Eu não ligo, mas seria bom ele perguntar se podia. Acho que é educação, né?

A professora também estava na sala, escrevendo na lousa algumas coisas sobre sua matéria. Já estou copiando tudo, para não ficar atrasada no conteúdo, mas Bernardo não.

— Melhor copiar agora — digo a ele.

Ele apenas dá uma risada fraca, como se fosse um "não vou".

Ele vai se lascar.

— Copia a matéria, Bernardo, essa professora vai implicar com você — digo quase sussurrando.

— O que isso te importa? — Bernardo fala mais alto.

— Você podia pelo menos tentar, assim a professora não briga com você. E fala mais baixo!

— Não vou copiar.

Quando vou me inclinar na cadeira para dar um beliscão, acabo caindo com tudo no chão. A sala fica em silêncio e o Bernardo gargalhava. A professora, vendo tudo aquilo, nos convidou para fora da sala.

Agora estamos na sala da coordenadora levando bronca atrás de bronca.

— Olha, Bernardo, pelo seu relatório eu até esperava isso. Mas você, Elizabeth? Não irei colocar isso no seu relatório porque quero mantê-lo intacto.

𝐓𝐡𝐞 𝐒𝐭𝐚𝐫 𝐀𝐫𝐞 𝐑𝐢𝐠𝐡𝐭 | 𝐀𝐧𝐭ô𝐧𝐢𝐨 𝐁𝐨𝐫𝐬𝐨𝐢 Onde histórias criam vida. Descubra agora