Capítulo 33.

105 9 0
                                    

Elizabeth on !
🪐🔭📚🎋🎀

O apito soou, marcando o início do jogo. O acampamento, até então sereno, foi invadido por uma onda de adrenalina e risos, enquanto os times corriam para seus respectivos territórios para encher as bexigas. O som de risadas e gritos ecoava pela floresta, misturando-se com o farfalhar das folhas ao vento. Estávamos escondidos atrás de algumas árvores, com o sol filtrando-se por entre os galhos, tentando planejar nosso próximo movimento.

Richard olhou para nós, seu olhar sério contrastando com o caos divertido ao nosso redor.

- Precisamos ser estratégicos. Se continuarmos fazendo barulho, eles vão nos encontrar rápido - disse ele, com a voz baixa mas firme.

Eu assenti, tentando esconder a ansiedade que me consumia. - Concordo. Vamos tentar nos mover em silêncio e atacar de surpresa. Quanto mais cuidadosos formos, maior a chance de conseguirmos avançar sem sermos detectados.

Yara revirou os olhos, mas não pôde evitar um pequeno sorriso. - Tá bom, estrategistas. Vamos nessa.

- Certo, eu dispensei alguns garotos para o lado esquerdo da floresta, onde provavelmente não serão procurados. Isso nos dá uma vantagem inicial. Agora, vocês vão para o ataque - Richard falou com uma seriedade que eu raramente via.

Embora não estivesse particularmente entusiasmada com a ideia de estar na linha de frente, eu sabia que, naquele momento, recuar não era uma opção. Mesmo assim, eu me questionava se não haveria alguém mais apto para a tarefa do que eu.

- Vão para o campo do time amarelo. Eles não têm muitos jogadores bons, nem atléticos. Se eu conheço o time verde, eles vão nos procurar primeiro, então fiquem bem escondidas. - Richard se levantou e, sem mais delongas, saiu correndo em direção ao campo do time amarelo, desaparecendo entre as árvores.

Yara e eu trocamos um olhar determinado. Com um breve aceno de cabeça, começamos a avançar silenciosamente em direção ao território inimigo.

[...]

"Um, dois... três", murmurou Yara antes de arremessar uma bexiga d'água no rosto de Isabelly, uma garota com quem ela claramente não simpatizava.

Ok, jogar uma bexiga d'água na cara de alguém é uma ótima maneira de marcar presença no território inimigo, certo? Errado. Com certeza, uma ideia totalmente burra.

- Valeu, Yara! - sussurrei, sarcástica, enquanto nos preparávamos para sair correndo.

Em um piscar de olhos, estávamos correndo novamente, nossos passos abafados pelas folhas secas no chão da floresta. Conseguimos nos esconder entre as árvores antes que qualquer membro do time verde nos visse.

- Eles não estão vindo? - Richard apareceu subitamente atrás de nós, segurando apenas uma bexiga na mão.

- Não, não estão. - Respondi, ainda ofegante. - Quer dizer, não sabemos ao certo...

- Como assim não sabem!? Vocês estavam lá até agora! - A indignação na voz de Richard era palpável.

- Talvez a Yara tenha feito o favor de jogar uma bexiga d'água na cara da Isabelly! - respondi, tentando manter o tom irônico. - Tivemos que correr antes que alguém nos visse.

- Hoje você está irritada, hein? - Yara brincou, mas pude ver um toque de preocupação em seus olhos.

Eu estava, de fato, irritada. Mas não podia negar que havia algo engraçado na cena de Isabelly sendo atingida pela bexiga.

Richard apenas nos observava, mas sua expressão sugeria que ele concordava comigo. Era uma ideia tão ridícula quanto perigosa.

- Os garotos ainda não foram pegos, mas somos os únicos na linha de ataque e... cuidado! - Richard me puxou para o lado no último segundo, desviando de uma bexiga que vinha do time verde. Quando olhei melhor, vi Bernardo e Jackson, com expressões determinadas e maliciosas, claramente prontos para nos eliminar.

𝐓𝐡𝐞 𝐒𝐭𝐚𝐫 𝐀𝐫𝐞 𝐑𝐢𝐠𝐡𝐭 | 𝐀𝐧𝐭ô𝐧𝐢𝐨 𝐁𝐨𝐫𝐬𝐨𝐢 Onde histórias criam vida. Descubra agora