15. Bon Après-Midi

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P.O.V HELOISA JORDÃO

Eu odiava o controle que Sophia exercia sobre mim, quando ela chegava perto era como se meu corpo todo travasse e não soubesse o que fazer principalmente nesses momentos que a dominância dela exalava.

Durante todos esses anos que estive com Ricardo ele nunca demonstrou que me traía ou qualquer sinal de infidelidade, sempre foi tão dedicado e companheiro que achei que caso me traísse ele mudaria o comportamento ou eu então eu perceberia isso, a sensação de ser enganada era horrível.

Passei para o lado as fotos e todas eram de Ricardo com uma funcionária da empresa dele, eu já tinha visto ela uma vez em uma festa corporativa, as fotos eram em restaurantes, bares, eles se beijando e trocando carícias, entreguei o aparelho sem querer continuar vendo, e limpei as lágrimas que nem sabia que havia escapado.

— Ainda acha que é invenção? — Sophia perguntou e não respondi.

— O que vai fazer comigo? — Perguntei depois de alguns minutos em silêncio.

— O que?

— O que pretende com isso, eu não sirvo para nada Sophia, você vai me matar? — Ela me encarou com uma das sobrancelhas levantadas.

— Acha mesmo que fiz tudo isso para nada?

— Eu não sei, às vezes sim e às vezes não. Você já tirou tudo de mim

— Heloísa tantas coisas que eu quero de você — Sophia se aproximou e fiquei em alerta

— Tipo o quê? — Ela sorriu como se estivesse só esperando eu fazer essa pergunta.

— Eu quero o seu corpo, sua obediência, quero que me ame e que seja totalmente minha.

— O que você quer é um brinquedo sexual para você usar e depois guardar na prateleira, eu não vou ser isso — Sophia se inclinou e segurou meu queixo, ela não queria que eu desviasse o rosto dela.

— Eu fico muito intrigada com você, Heloísa. Mas não só isso, tem algo a mais que quero de você — Ela passou o polegar no meu lábio inferior, tentei virar o rosto seus dedos apertaram minha mandíbula.

— Ai… Eu não entendo o que quer

— Você é inteligente, sabe se virar e sair de situações perigosas, é boa com armas…

— Não vou trabalhar pra você — Interrompi

— Vai sim! Você vai fazer tudo o que eu quiser, se eu disser pra você pular essa janela você só vai esperar que eu abra ela.

— Eu não vou.. — Ela sorriu.

— Você vai. Será que toda vez eu vou precisar fazer esse número ridículo de ameaçar sua filha? — Não respondi.

— Está surda?

— Não.

— Não o quê?

— Não precisa ameaçar, Sophia

— Parece que estamos progredindo, eu realmente não gostaria de matar uma criança, mas eu não sentiria um pingo de remorso. E não esquece que a Dona Celine e o seu Heitor seriam os próximos da lista.

— Sophia, por favor… — Meus olhos embaçaram quando ela mencionou meus pais, senti meu peito afundar.

— Só vai depender de você, minha querida. — Soltou meu rosto e se afastou como se não tivesse acontecido nada.

Nas Prisões Do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora