capítulo 16

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Depois de receber mensagem se Jeongin, avisando o que tinha acontecido, Minho logo tentou contato com o mais novo, o que foi sem sucesso. Então decidiu ir atrás dele.

Minho estava andando com o carro atrás de Hyunjin, procurou em alguns cantos da cidade e quando estava quase desistindo, se lembrou do parque e de onde o encontrou uma última vez.

Foi rapidamente para lá e estacionou o carro em qualquer lugar e foi correndo em direção a árvore que achou que o mais novo estaria. Minho ficou momentaneamente feliz de ver o rapaz ali. Andou em sua direção e seu coração se apertou ao ver o mais novo encolhido e chorando.

— Hyune? —  Minho chamou baixinho, tirou o casaco e passou por cima dos ombros dele.

— Minho? —  Hyunjin olhou para cima — o que você tá fazendo aqui?

— Eu vim te procurar, tá todo mundo preocupado com você — Minho se sentou ao lado de Hyunjin e segurou sua mão.

— Já viu que eu tô bem, pode voltar pra casa —  o mais alto tirou sua mão do carinho e devolveu o casaco ao mais velho.

— Para de ser teimoso, você tá tremendo de frio — devolveu o casaco — vem, eu vou te levar pra casa

Minho se levantou e puxou Hyunjin pela mão.

— Que porra Minho, eu já disse que não quero. Para de ser insistente — falou mais alto do que gostaria — é difícil pra você entender que eu quero ficar sozinho? Que eu não quero voltar pra casa?

— Então vem pra minha — falou com a voz baixa.

Hyunjin apenas olhou para Minho, viu carinho e cuidado em seus olhos, diferente do que havia visto anteriormente. Se sentiu culpado pelo mais velho ter saído atrás de si.

— Não vai ser problema pra você? — Hyunjin perguntou, passando a mão em volta de seu tronco.

— Problema? Eu vou agradecer se você for lá pra casa e a gente dormir juntinho de novo — Minho falou rindo e seu coração se aqueceu quando viu Hyunjin sorrir junto. — Vamos?

Minho estendeu a mão e Hyunjin a pegou. Foram caminhando até o carro. O silêncio entre eles não era incômodo, era confortável.

Dentro do carro, Minho mandou uma mensagem para Jeongin, avisando que tinha encontrado Hyunjin.

— Tá com fome? Quer alguma coisa? —  Minho perguntou quando ligou o carro.

— Eu só quero um remédio para dor de cabeça e dormir —  Hyunjin disse se afundando no banco.

— Quando a gente chegar em casa eu te dou um remédio, tá bom? — Minho viu Hyunjin acenando e se dirigiu a sua casa.

Assim que chegaram em casa, Minho foi buscar um remédio para a dor de cabeça e separou roupas para o mais novo tomar banho. Enquanto Hyunjin estava no chuveiro, Minho preparou um leite quente para ajudá-lo a se aquecer e ficar mais confortável. Ao ouvir o chuveiro desligar, Minho viu o mais novo se aproximando. — Toma, fiz para você — disse, entregando uma caneca.

— Obrigado —  expressou Hyunjin, começando a saborear o conteúdo da caneca e imediatamente sentindo seu corpo se aquecer.

— Você quer fazer mais alguma coisa? — perguntou Minho, observando o mais novo negar com a cabeça. — Então, vamos deitar —  propôs Minho, guiando ambos para um momento de descanso e conforto.

Minho conduziu Hyunjin até o quarto, onde o mais novo se recolheu na cama enquanto o mais velho cuidava dos detalhes práticos. Minho fechou as janelas para isolar o ambiente, ligou o ar condicionado para garantir uma temperatura confortável, e trocou de roupa para o merecido descanso.

Enquanto Hyunjin deitava de lado, imerso em pensamentos sobre as reviravoltas do dia, o colchão cedeu à presença de Minho. Mesmo sem se virar, Hyunjin percebeu a proximidade crescente. O braço de Minho envolvendo sua cintura, a respiração aquecendo seu pescoço, os corpos se entrelaçando. Hyunjin, tomado pela emoção, manteve-se virado, permitindo que as lágrimas escorressem, revelando a intensidade das emoções acumuladas.

Hyunjin, voltando-se para Minho, apoiou o rosto em seu pescoço, soluçando enquanto as lágrimas fluíam. Minho o envolvia com um abraço cada vez mais firme, proporcionando conforto. Com o tempo, o choro diminuiu, e a respiração de Hyunjin retornou à normalidade.

Minho, com uma voz baixa e serena, perguntou: — Você quer conversar? — Oferecendo um espaço seguro para compartilhar sentimentos e pensamentos.

Hyunjin desabafou, admitindo seus medos e receios. — Eu tô com medo... receio do Taemin me odiar como meu pai. Tô com raiva do Jeongin, e eu não quero sentir essas coisas. Faz isso parar, Minho — implorou, chorando de forma mais desesperada.

Minho sentiu seu coração ficar apertado pela forma que o outro falava,  abraçou o mais novo e respondeu: — Oh meu amor, eu não posso fazer parar, mas vou ficar aqui com você e vamos enfrentar isso juntos. — Ele puxou Hyunjin mais para si, desejando aliviar toda a dor que o mais novo estava enfrentando.

— Me desculpe por fazer você sair assim, eu não queria isso — Hyunjin falou com a voz abafada.

— Não precisa se desculpar por me fazer sair tarde da noite. Estou aqui porque quero estar. Porque eu gosto de você — Minho reafirmou, olhando nos olhos de Hyunjin com compreensão.

— Também gosto de você, Min — Hyunjin respondeu, sentindo seus olhos pesarem. — Eu tenho que conversar com o meu irmão, né? — expressou, indicando a necessidade de abordar a situação.

— Provavelmente — Minho respondeu, soltando uma risada. Percebendo que Hyunjin estava prestes a dormir, decidiu permanecer ali, proporcionando conforto até que o mais novo adormecesse.

Hyunjin acordou com o aroma da comida que Minho estava preparando. Ao verificar o relógio e constatar que ainda eram 8h, dirigiu-se ao banheiro antes de encontrar Minho na cozinha.

— Bom dia, Min — saudou Hyunjin, deixando um beijo rápido nos lábios de Minho.

— Oi Hyune, dormiu bem? Tá melhor? — Minho indagou, terminando de colocar a comida no prato.

—Tô sim, obrigado por ontem — Hyunjin respondeu com um sorriso. — É melhor eu ir embora. Já te atrapalhei demais.

— Como??? — Minho perguntou, sem entender. — Eu fiz café da manhã para a gente. E em que mundo você me atrapalha? — rebateu o mais velho, expressando sua descontração e apreço pela presença de Hyunjin.

— Ah Minho, você foi dormir tarde e acordou cedo… —  Hyunjin falou com a voz baixa.

— Posso ter dormido tarde, mas eu dormi tão bem que nem parece — Minho se aproximou. — Você não acredita em mim quando eu digo que tô apaixonado, né? Você não percebe o bem que me faz. Você não faz ideia da vontade que eu tenho de cuidar de ti e que, se eu pudesse, te dava o mundo. Porque é isso que você merece — expressou Minho, revelando seus sentimentos de forma sincera e carinhosa.

Hyunjin absorveu as palavras de Minho, olhando nos olhos brilhantes à sua frente, e então iniciou um beijo ardente. Tentou transmitir através daquele beijo tudo o que não conseguia expressar verbalmente. Sua paixão e carinho eram evidentes a cada movimento, e a cada toque do mais velho, Hyunjin se entregava mais, derretendo-se na intensidade do momento.

A dança dos lábios continuou, com Hyunjin expressando seu desejo e afeto de maneira apaixonada. Os toques de Minho eram como uma sinfonia delicada, conduzindo a harmonia daquele momento íntimo.

Os corpos se aproximavam ainda mais, as mãos explorando suavemente as curvas, e o calor do momento envolvia cada centímetro do espaço entre eles. Hyunjin, perdendo-se nas sensações, permitia que o beijo falasse por si só, tornando-se uma linguagem silenciosa de emoções compartilhadas.

— É melhor a gente parar... não quero que você chegue atrasado no trabalho —  Hyunjin murmurou próximo à boca de Minho, acariciando suavemente a nuca do mais velho.

— Vamos continuar, eu peço demissão — Minho soltou a frase, saboreando a resposta animada de Hyunjin, que riu.

— Para de graça, vamos comer —  Hyunjin finalmente se afastou, e ambos compartilharam uma refeição tranquila, desfrutando da companhia e da intimidade que construíram naquele momento especial.

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